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Mercado – Coluna Diária por Antonio Magalhães* - Petrobras volta à Era Dilma. Um filme velho com final infeliz

15/05/2024 -

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Se ainda havia dúvidas sobre o perfil econômico deste terceiro governo Lula, a demissão de Jean Paul Prates do comando da Petrobras e a escolha Magda Chambriard para a presidência da estatal dirimiu-as. Com a decisão, o presidente Lula deixou claro: a atual gestão assumiu o modelo de Dilma Rousseff, com o viés intervencionista do PT e a visão desenvolvimentista com maior participação do Estado como pilar da economia, que já deram errado no passado.

Não aprende com erros do passado

O economista Silvio Campos Neto, sócio da Tendências Consultoria manifesta preocupação. “O Brasil não perde a oportunidade de demonstrar que não aprende com os erros do passado”, afirmou à Coluna do Estadão.





Demissão humilhante

O ex-presidente da Petrobrás Jean Paul Prates disse a amigos que considerou sua demissão “humilhante” e está avaliando a possibilidade de se desfiliar do PT. Prates foi demitido pelo presidente Lula ontem à noite, na presença dos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa, que defendiam abertamente sua saída do cargo.

O PT maltrata seus quadros

“Não sei se ficarei no PT depois dessa”, escreveu Prates, na madrugada desta quarta-feira em mensagem enviada para um amigo, à qual o Estadão teve acesso. “A forma dessa demissão foi muito humilhante. O partido não trata dos seus quadros. Está condenado a envelhecer e se perder em meio a alianças cada vez mais exigentes e perigosas”.

Nada de enquadrar Lula

Lula já estava planejando demitir Jean Paul há algum tempo, mas a gota d’água ocorreu quando ele pediu uma “conversa definitiva” com o presidente por não aguentar mais ser bombardeado por Silveira e Costa. A portas fechadas, Lula disse a dirigentes do PT, mais de uma vez, que demitiria Prates porque não admitia ser enquadrado, segundo colunista do Estadão.

Reflexo na Bolsa de Valores

As ações da Petrobras amargavam forte queda na manhã de hoje, após o anúncio da saída de Jean Paul Prates do comando da estatal. Apesar de o mercado ter tido suas rusgas com o então CEO, a notícia é recebida com temores de interferência política na empresa. A Petrobras chegou a perder quase R$ 50 bilhões em valor de mercado nesta quarta-feira, com as ações preferenciais recuando mais de 8% no pior momento, enquanto as ordinárias desabaram perto de 10% na mínima nos primeiros negócios.

Alicerce da economia abalado

O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revelou que, em março, 1.062.696 micros e pequenos negócios (MPEs) estavam com as contas atrasadas no Nordeste. A Bahia foi o estado com o maior número de registros (304.381).

6,3 milhões de micro e pequenas empresas devedoras

Na visão nacional, em março, 6,3 milhões de Micro e Pequenas Empresas foram alcançadas pela inadimplência, número que se mantém em estabilidade desde dezembro de 2023. O segmento com o maior número de negócios no vermelho foi o de “Serviços”, que representou 54,2% do total. “Comércio” também teve uma participação significativa, equivalendo a 37,8%. Em seguida, estava a “Indústria” (7,7%) e a categoria “Demais” (0,4%), que contempla os segmentos “Primários”, “Financeiros” e “Terceiro Setor”.

Autor

*Antonio Magalhães é diretor de redação de O Poder

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