
Guerra na Europa – Lula não vai à Cúpula da Paz na Ucrânia sem a presença da Rússia
16/05/2024 - Jornal O Poder
O presidente Lula decidiu não comparecer à Cúpula da Paz na Ucrânia, que será realizada nos dias 15 e 16 de junho, na Suíça. O governo suíço fez questão de convidar Lula durante um encontro presencial entre o chanceler do país, Ignacio Cassis, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no dia 30 de abril. Cerca de 50 países já confirmaram a presença.
Sul Global
Tanto suíços como ucranianos desejam muito a presença no evento de importantes líderes do chamado Sul Global, as grandes nações em desenvolvimento. Isso porque esse grupo de países vê com reservas as sanções aplicadas pelo ocidente contra a Rússia por causa da guerra.
Zelensky busca apoio da América Latina
Zelensky, em particular, tem tentado se aproximar de presidentes da América Latina, África e Ásia. O principal apoio dado à Ucrânia, no entanto, continua vindo dos Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e outras nações ricas. Como um dos principais líderes do Sul Global, Lula foi fortemente cortejado pelos suíços.
Convidados
Entre os convidados também estão a China, a África do Sul e outras dezenas de nações. A Rússia, no entanto, foi excluída do evento. Na avaliação de Lula e do Itamaraty, não faz sentido a participação do líder brasileiro em uma cúpula que não envolve os dois lados em conflito. A diplomacia brasileira sempre insistiu na necessidade de negociações para a paz, mas não vê sentido em um encontro que deixa de fora os russos.
Controvérsias
O Brasil votou em várias oportunidades na Assembleia Geral da ONU condenando a invasão russa e defendendo a integridade territorial da Ucrânia. Mas o país não endossou as sanções contra o Kremlin. Lula também deu várias declarações controversas sobre o conflito, inclusive uma na qual disse que o governo de Kiev, vítima da invasão, também era responsável pela guerra. Em outra ocasião, disse que o apoio ocidental aos ucranianos estava apenas prolongando o conflito.
