
‘Dia ‘D’ - Normandia, 06 de junho de 1944 – Por Jarbas Beltrão
12/06/2024 -
‘Dia D’
Oitenta anos nos separa do dia 06 de junho de 1944. Naquela data, ocorria o mais importante episódio da 2a Guerra Mundial, trata-se do desembarque nas praias da Normandia das forças militares aliadas, visando a expulsão do Exército Alemão de ocupação no território francês. A operação militar, envolvida de mistério tanto para os aliados, como para os invasores alemães, recebeu o codinome de Operação Suserano (Overlord). Naquele dia de 06/06/1944, era dado o início efetivo, da derrota do Nazismo - àquela maldição que ameaçava se espalhar por toda Europa e, por todo o mundo, com seu projeto satânico do Reich de Mil anos - era o ‘Dia D’. Página inesquecível poderá na História pelo Ocidente Democrático.

O desembarque na Normandia
Tropas canadenses, americanas, inglesas desembarcaram, pela madrugada, desse glorioso dia, no litoral norte francês, para o confronto com os temidos soldados, do mais bem armado Exército do mundo, a maior máquina de guerra e de mortes, que a humanidade conhecera, até então, a Wehrmacht alemã.

As condições das tropas aliadas
As tropas ocidentais eram constituídas por jovens combatentes, com média de idade de pouco mais de 20 anos. Muitos só aprenderiam a usar uma arma pela primeira vez, às vésperas do embarque em seus países (EUA, Canadá, Inglaterra), muitos outros não sabiam nadar, daí mais de mil jovens combatentes, morreram afogados, ou não sabiam onde estavam. A madrugada, afinal, aumentaria para muitos a interrogação, que terras eram aquelas? contribuíram também para o afogamento dos ‘garotos combatentes’ o peso nas costas (mantimento, armas e munições), carregado por eles. Também ocorreu perdas de blindados e outros veículos do lado aliado, isso sem nem mesmo terem entrado em combate, foi mais de oitenta por cento da frota. Entretanto, essas adversidades seriam superadas. Lembrando que foram muitas, as tentativas anteriores, fracassadas.
O comando
O comando das tropas que desembarcaram nas praias da Normandia, esteve com General americano D. Eisenhower, assessorado, pelo general britânico Bernard Montgomery e pelo maior estadista do Século XX, o Primeiro Ministro inglês W. Churchill.

A defesa da democracia
Muitos combatentes jamais imaginariam que naquele momento estariam dando início ao xeque-mate às forças alemãs nazistas, que do outro lado das praias, se colocavam, os representantes do maior inimigo do projeto da Democracia Ocidental até então.
Aqueles combatentes aliados, que no início dos confrontos experimentaram muitas baixas, pressionariam, para, em alguns dias, fazer recuar os militares das tropas nazistas.
Efeitos
Com a chegada aliada na Normandia, as tropas do III Reich recuaram em direção à Paris, a ‘Cidade Luz’, tomada já havia três anos, pelos nazistas.
O avanço aliado animou a resistência na capital francesa, e a transformar realmente Paris em palco de uma guerra urbana que, levaria à rendição os traidores da França e os nazistas.
O comando nazista na capital francesa, ao ser pressionado foi obrigado a baixar armas e, deixou em polvorosa o Alto Comando Nazista, em Berlim.
A derrota alemã já não se tinha dúvidas, as tropas aliadas davam os sinais de que o rumo da Democracia Ocidental, não seria cessado. A luta Aliada e avanços das tropas vindas da Normandia era o oxigênio para o prosseguimento da luta contra o terror nazista e de continuidade do cambaleante Projeto Democrático Ocidental.
Os soviéticos
Enquanto isso o Exército Vermelho, pela banda oriental, entrava em território alemão, e seguiria por terras européias daquele lado, alcançando muito além de Berlim. Antes, ia varrendo os nazistas dos territórios da Europa Centro-Oriental. Assim, cumpria o avanço programado desde 1917, espalharia o projeto revolucionário bolchevique, que desestabilizou mais ainda, a Europa pós 1a GM (Revoluções e agitações sociais na Alemanha, Itália, Polônia, Áustria, Hungria, Sudetos, Balcãs e outros), era uma onda vermelha que não cessaria, isso sem esquecer a queda dos Impérios Centrais (Otomano, Austro-Húngaro e Germânico) conforme afirma o professor da Universidade de Oxford, Robert Service, em sua obra ‘Camaradas’.
A 2a GM, era a janela aberta para os soviéticos darem prosseguimento à sua marcha revolucionária desde a insurreição bolchevique de outubro 1917.
Churchill
Se voltarmos ao ‘front’ Ocidental, nosso foco centra na figura de Churchill, o resiliente, o grande líder Ocidental, ele não tinha sorrisos para Hitler ou Stalin, sofria de vermelhidão no seu rosto gorducho só de ouvir falar, daqueles que para ele, Churchill, eram as próprias ‘encarnações do mal’. Mas, contrariando o que tinha, em sua alma, o Premier Inglês resignou-se e, admitiu o avanço soviético no território alemão, viu a ofensiva soviética, pelo menos naquele momento, como forma de afastar o perigo nazista. Quanto ao enfrentamento a Stalin, cuidaria depois, sim deixava para mais adiante.
Para Churchill, a guerra não terminaria com a derrota alemã, mas seguiria em direção à URSS.
Patton
Comungando com pensamento do Premier Inglês, nas tropas aliadas, havia Patton general americano, conhecido pela sua dureza e pouca razoabilidade no trato com seus subordinados, e até um antissemitismo, comandava tropas aliadas na Europa Continental, aliava-se de fato em sentimentos ao velho gorducho, apreciador de bons charutos e whiskies, refiro-me a Churchill.
O general Patton tinha como seu propósito derrotar não só as tropas nazistas, mas o Exército Vermelho. É célebre sua convocação às forças aliadas, após chegar às proximidades de Berlim, e vendo a inevitável queda nazista, "Avante! nos encontraremos em Moscou, sigamos à marcha". Posteriormente, sobre a vitória aliada, teria dito: "vencemos o inimigo errado".
Churchill, comungando com Paton, afirmaria, também seus sentimentos com a chegada das tropas de Stalin na Banda Oriental da Alemanha, "Tomamos a Europa, mas, foi baixada uma Cortina de Ferro, de separação entre Ocidente e Oriente". Naqueles dois líderes enxergava-se a visão futura da guerra fria e da Nova Ordem Mundial pós 2a GM.
Vitória
Pois é, neste momento da História que tantos falam em 3a Guerra Mundial, vive-se os avanços de propósitos totalitários e formação de uma Nova Ordem Mundial (Agenda 2030), poderemos a partir do pensamento de Churchill e Paton, afirmar: a 1a GM deixou a herança do Tratado de Versalhes que o nazismo denominava de ‘a vergonha’, razão da preparação para a 2a GM do pós 2a GM emerge a guerra fria (socialismo x capitalismo). Em 1989/91, com a queda do Muro de Berlim e o desmoronamento da URSS, aquela Ordem da Guerra Fria veio a cair e uma outra Ordem Mundial começa a ser construída,
Tenho dito.
Autor
Jarbas Beltrão, Ms., é professor de História da UPE

Confira mais notícias
Ao utilizar nosso site e suas ferramentas, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Jornal O Poder - Política de Privacidade
Esta política estabelece como ocorre o tratamento dos dados pessoais dos visitantes dos sites dos
projetos
gerenciados pela Jornal O Poder.
As informações coletadas de usuários ao preencher formulários inclusos neste site serão utilizadas
apenas para
fins de comunicação de nossas ações.
O presente site utiliza a tecnologia de cookies, através dos quais não é possível identificar
diretamente o
usuário. Entretanto, a partir deles é possível saber informações mais generalizadas, como
geolocalização,
navegador utilizado e se o acesso é por desktop ou mobile, além de identificar outras informações
sobre
hábitos de navegação.
O usuário tem direito a obter, em relação aos dados tratados pelo nosso site, a qualquer momento, a
confirmação do armazenamento desses dados.
O consentimento do usuário titular dos dados será fornecido através do próprio site e seus
formulários
preenchidos.
De acordo com os termos estabelecidos nesta política, a Jornal O Poder não divulgará dados
pessoais.
Com o objetivo de garantir maior proteção das informações pessoais que estão no banco de dados, a
Jornal O Poder
implementa medidas contra ameaças físicas e técnicas, a fim de proteger todas as
informações pessoais para evitar uso e divulgação não autorizados.