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Tradição - Artistas defendem herança cultural de Luiz Gonzaga no São João de Campina

28/06/2024 -

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Severino Lopes
O Poder

Tradição, forró e defesa da música nordestina. A edição 2024 do Maior São João do Mundo entra na reta final. Praticamente todos os artistas tradicionais, conhecidos como “estrelas da música nordestina", que passaram pelo Parque do Povo ao longo do mês de junho, elogiaram a festa e defenderam a “bandeira do forró”.

No palco

No palco, eles cantaram forró e destacaram a importância da preservação dos valores culturais da região, especialmente, a herança deixada por Luiz Gonzaga. O Poder acompanhou algumas das inúmeras entrevistas concedidas pelos artistas ao longo do mês de junho.





A defesa

A defesa do autêntico forró pé de serra, ao som da sanfona, do triângulo e do zabumba, e como genuína expressão cultural nordestina, não eliminou o uso de instrumentos modernos. Prova disso foi que o cantor Alceu Valença enfatizou a importância de instrumentos de metais em seu show.

Alceu

Uma das atrações da festa este ano, o pernambucano Alceu Valença defendeu pluralidade de gêneros musicais e reafirmou a independência artística. O show do cantor pernambucano foi marcado por muito frevo e forró, e ainda teve espaço para a valorização da cultura nordestina.





Variedade

Irreverente, Alceu destacou a variedade existente na cultura junina, mas garantiu que não abre mão de suas origens.

“Então, eu primo em fazer uma coisa, mesmo porque eu vivenciei isso. Meus parentes tocavam no sanfona nas festas juninas, eu via todo o universo da cultura junina e sertaneja, eu vi, vivenciei. Tem gente que não sabe, o problema é dela, não é meu. O meu eu continuo e continuarei fazendo o que eu quero, do jeito que eu quero. Quem quiser, queira ", disparou.

Geraldo Azevedo

Outro artista que destacou a relevância da festa, e defendeu a música nordestina, foi Geraldo Azevedo. Como autêntico defensor das tradições regionais, o pernambucano falou sobre a felicidade de voltar ao palco principal do Parque do Povo e cantar grandes clássicos conhecidos em sua voz.

As mudanças

Geraldo também opinou sobre as mudanças na programação de grandes festas de São João, como a de Campina Grande, com a inclusão de artistas de outros gêneros. Para Geraldo, a festa "se perdeu um pouco", e por isso, ele mesmo tenta ser "aquele cara que gosta de fazer música com melodia bonita, ritmo brasileiro e poesia".





Importância cultural

Presença marcante no São João de Campina, Flávio José ressaltou a importância cultural do São João de Campina Grande, destacando como o evento é crucial para a preservação e celebração das tradições nordestinas.

Batizado de “rei do xote” Flávio enfatizou que o festival não apenas fortalece a identidade cultural da região, mas também serve como uma plataforma de esperança e inspiração para novos talentos do forró, oferecendo a esses artistas emergentes a oportunidade de se apresentarem em um dos palcos mais icônicos do Brasil.

“Olha, isso é muito importante para nossa cultura, para nossa festa, e é uma esperança para aqueles artistas que estão começando e sonhando com a possibilidade de um dia estar aqui no palco do Parque do Povo", afirmou.

A defesa de Elba

Presença marcante na festa, especialmente na noite do dia 23 de junho, véspera de São João, a cantora paraibana Elba Ramalho disse que era sempre uma responsabilidade cantar na festa junina de Campina Grande. Como estrela da música nordestina, Elba evitou polemizar sobre gêneros musicais que tem tomado conta das festas juninas. No entanto, como defensora do autêntico forró pé de serra, herança de Luiz Gonzaga, defendeu a predominância do forró ao som da sanfona, do triângulo e do zabumba.

Criticou

Nos diversos shows que realizou este ano, Elba Ramalho criticou a ausência do forró na maioria das festas juninas do Nordeste do País. Como defensora das tradições nordestinas, Elba Ramalho garantiu que, se fosse organizadora dos eventos juninos, montaria sua grade de programação valorizando os artistas de forró e daria oportunidade para os artistas de forró que atuam em outras partes do Brasil.

“Trazia um pouco do forró hiper nordestino brasileiro que se faz no Sudeste. Estou falando de muitos artistas que estão lá, que representam fortemente o gênero, mas eles não vêm pra cá, morrem de vontade de vir. Eu gostaria muito de vê-los por aqui, por uma questão pessoal, de afeto, e de respeito por eles terem essa paixão tão grande pela nossa cultura”, declarou a artista.


O legado do Nordeste

Ícone do forró e defensor fervoroso das tradições nordestinas, voltou a defender o forró como o maior legado do povo nordestino e uma expressão viva da cultura da região. A identificação da região. Ele enfatizou que o trabalho que vem realizando nos últimos 40 anos, está tão identificado com o Nordeste que virou uma enciclopédia da nação nordestina brasileira.

A 41ª edição

A 41ª edição do São João acontece dentro das comemorações dos 160 anos de emancipação política de Campina Grande. Este ano a festa dura 33 dias e deve atrair mais de 3 milhões de pessoas. A festa termina no próximo domingo (30/06) com muito forró.
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