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Mercado – Coluna Diária por Antonio Magalhães*- Um real 30 anos depois vale R$ 0,12: uma inflação de 708% quando o Plano Real completa 3 décadas

01/07/2024 -

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Um dos planos mais inovadores da economia mundial completa hoje 30 anos. Há exatamente três décadas, o cruzeiro real, uma moeda corroída pela hiperinflação, dava lugar ao real, que estabilizou a economia brasileira. Uma aposta arriscada que envolveu uma espécie de engenharia social para desindexar a inflação após sucessivos planos econômicos fracassados.

Superindexador URV

Em meio a tantos indexadores criados para corrigir preços e salários, a equipe econômica do então governo Itamar Franco criou um superindexador: a Unidade Real de Valor (URV). Por três meses, todos os preços e salários foram discriminados em cruzeiros reais e em URV, cuja cotação variava diariamente e era mais ou menos atrelada ao dólar. Até o dia da criação do real, em que R$ 1 valia 1 URV, que, por sua vez, valia 2.750 cruzeiros reais.

Inflação 2.000% ao ano

De lá para cá, o real já se desvalorizou bastante. A inflação oficial do país acumulou alta de 708% nesses 30 anos. Em outras palavras, uma moeda de R$ 1 de hoje equivaleria a R$ 0,12 da época. Parece bastante, mas não se compara com a dimensão do problema que o real veio resolver. Em 1992, no início do governo de Itamar Franco, o Brasil registrava uma inflação superior a 2.000% ao ano. As remarcações de preços de produtos básicos eram diárias — quando não aconteciam mais de uma vez ao dia.

4% na época pré-Real era a inflação de horas

Os analistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de inflação para este ano pela oitava semana consecutiva, que passou de 3,98% para 4%. A última vez que o mercado havia previsto inflação acima de 4% para este ano tinha sido em 15 de junho de 2023. As projeções, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições financeiras, constam do relatório "Focus", divulgado hoje pelo Banco Central.





Cartão: dívida com portabilidade

Os clientes com dívida no cartão de crédito rotativo poderão, a partir desta segunda-feira (1º/07), fazer a portabilidade gratuita do saldo devedor de uma instituição financeira para outra que lhe ofereça melhores condições de pagamento. O rotativo do cartão é uma das linhas mais caras oferecidas no mercado de crédito. Segundo dados do Banco Central, por exemplo, as taxas de juros cobradas na modalidade para pessoas físicas ficaram em 422,5% ao ano em maio — o que corresponde a 14,77% ao mês.

Alívio nas contas municipais

O Plenário do Senado deve analisar na sessão desta terça-feira (02/07), a partir das 14h, proposta de emenda à Constituição (PEC) que estabelece medidas para aliviar as contas dos municípios. O texto reabre o prazo para que as prefeituras parcelem dívidas com a Previdência Social e define limites para o pagamento de precatórios — valores devidos pelo poder público decorrentes de sentenças judiciais — pelos municípios. Será a primeira de cinco sessões de discussão antes do primeiro turno de votação.

Lula, por que não te calas?

“Eu tenho que, com muita paciência, esperar a hora de indicar o outro candidato, e ver se a gente consegue… ter um presidente do Banco Central que olhe o país do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala”, disse hoje o presidente Lula. Como resultado o dólar voltou a operar em alta nesta segunda-feira (1º/07), fechando o dia por R$ 5,65.

>Carne e frango na cesta básica

O grupo de trabalho (GT) da Câmara dos Deputados que analisa a proposta de regulamentação da reforma tributária decidiu incluir proteína animal, como carnes e frango, na cesta básica com isenção de imposto. Pelo projeto enviado pelo governo, alimentos como carne bovina, suína, ovina, caprina e de aves teriam apenas uma alíquota reduzida em 60%.

Autor

*Antonio Magalhães é diretor de redação de O Poder

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