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Meio ambiente – Projeto reconhecido pela UNESCO combate poluição no litoral da Paraíba

03/07/2024 -

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Severino Lopes
O Poder

Praias limpas, sol, passeio pelas areias do mar e lixos descartados corretamente. O que poderia ser um cenário ideal para se aproveitar um dia na praia, se tornou um problema ambiental no Brasil, especialmente, no litoral paraibano. As praias do Estado ainda convivem com lixo.


O projeto

Um projeto desenvolvido desde o ano passado, pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), juntamente com outras instituições brasileiras (UFLA, UFPB, UFRN, SENAI/CIMATEC, IFRN e UNESP-Sorocaba) e uma instituição norte-americana (USDA), tem combatido a poluição nas praias da capital paraibana.

Os cursos

O projeto batizado de “Sustentabilidade como Solução para o Lixo no Mar”, envolve pesquisadores e alunos dos cursos de engenharia de materiais, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia de produção e geografia.

Coordenado

O projeto, coordenado pela professora do Departamento de Engenharia de Materiais da UFPB, Amélia Severino Ferreira e Santos, e idealizado em conjunto com os parceiros, vem aos poucos mudando o cenário. Transpor “montanhas” de lixo nas praias que chegam do mar ou são deixadas pelos usuários das praias, passa necessariamente por uma consciência ecológica. O projeto foi reconhecido como uma das ações da década do oceano da UNESCO.

Conversou

O Poder conversou com a professora Amélia Severino deu detalhes do projeto, que faz parte de uma chamada co-patrocinada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) do Brasil e busca soluções inovadoras para combater a poluição costeira local e mundial.

Explicou

Ela explicou que a iniciativa busca avaliar os prejuízos do plástico descartado de forma inadequada nas praias por meio de análise de ciclo de vida (ACV), além de propor ideias para fortalecer a circularidade dos plásticos e o uso sustentável do material.

Objetivo

A professora Amélia Severino enfatizou que o objetivo do estudo é mostrar que o fortalecimento da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é um dos meios para os resíduos plásticos não chegarem ao mar, comprovando que esse resíduo jogado nos oceanos pode ser reaproveitado ou reciclado em produtos de valor agregado e ainda, valorizar o trabalho dos catadores de materiais recicláveis pela sua inserção sócio-produtiva para além da base da cadeia da reciclagem do plástico. Outra finalidade é gerar dados experimentais para estimar a taxa de geração de microplásticos nos oceanos.

Desafios

A professora explicou que um dos desafios dos pesquisadores é desvendar e mensurar a diferença de propriedades entre os plásticos encontrados na praia e aqueles recolhidos na coleta seletiva, dados de quantificação e, principalmente, tipificação e identificação dos nichos de mercado dos diferentes tipos de plásticos presentes nas praias – como o polietileno, polipropileno, PET, EPS e isopor provenientes de descartáveis, de produtos alimentícios e higiene pessoal, por exemplo.

Ações

Entre as ações destaque para a realização de uma campanha de educação ambiental na orla do município de Cabedelo e das praias de João Pessoa supramencionadas, tem-se a distribuição de porta-bitucas e adesivos educativos junto aos quiosques e bares do local e realização de palestras e minicurso sobre o combate à poluição plástica nos oceanos para os trabalhadores formais e informais da orla e o público interno de universidades e instituições de pesquisa, assim como para todos aqueles que sintam-se comprometidos com a proteção do meio ambiente, tornando-os multiplicadores de conhecimento.






A produção de lixo

A grande produção e descarte incorreto de plástico traz sérios impactos ambientais e ao homem. O produto já está presente na água, solo e atmosfera. A presença do material nos oceanos tem sérias consequências, visto que os resíduos já se acumulam na superfície e até nos leitos mais profundos, atingindo o ecossistema marinho e o ser humano. Algumas iniciativas, no entanto, visam combater o descarte de lixo nas praias paraibanas e consequentemente, contribuir para o meio ambiente.

Aumento do lixo no verão

Historicamente o verão lota as praias brasileiras, consequentemente, aumenta o problema do lixo no litoral. A poluição plástica tem se tornado uma ameaça crescente para todos os ecossistemas chegando até o mar, onde vítimas animais marinhos contaminam as águas oceânicas, com consequências para a saúde, a economia, a biodiversidade e o clima mundial.

Recolheu

Somente em janeiro deste ano, os agentes da Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur) Emlur recolheu 110 toneladas de resíduos na Orla de João Pessoa após os festejos de Réveillon. No ano passado, em apenas um mês, cerca de 40 toneladas de lixo foram retiradas da faixa de areia do litoral de João Pessoa.

Os próximos passos

Incluído como ação no. 94.4 da Década da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), o projeto “Sustentabilidade como Solução para o Lixo no Mar”, tem novas metas e desafios a serem alcançados, como mapear fontes terrestres e marítimas de poluentes e contaminantes e desenvolverá soluções para mitigá-los, bem como, aprimorar serviços de alerta da população sobre os riscos ecológicos, biológicos, climáticos e antropogênicos relacionados ao oceano e à costa.



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