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Cartão postal da nossa cidade – Por Malude Maciel*

10/07/2024 -

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O tempo do Morro do Bom Jesus

Quando recebemos visitas de outras plagas, quando o turista chega em nossa terra, normalmente queremos mostrar os pontos pitorescos de nossa cidade, os lugares mais bonitos, aprazíveis, diferentes, marcantes, cheios de curiosidades. Assim acontece em toda parte do mundo. Aqui em Caruaru, houve um tempo em que o Morro do Bom Jesus fazia esse papel exemplarmente, pois sabíamos pelas escadarias contando os degraus (365) e parando para tomar fôlego e contemplar a linda paisagem ou íamos de carro pela rodagem. Era uma maravilha de passeio!





A igrejinha centenária

Lá em cima encontrávamos a igrejinha centenária, de Santa Luzia, no topo, com o cruzeiro luminoso e aquelas enormes pedras com os mirantes de onde avistávamos a cidade inteira e mostrávamos aos visitantes onde ficava esse ou aquele edifício, apreciando-se o conjunto arquitetônico, como também a flora exuberante, pois há mais beleza nas coisas quando olhadas do alto. Ali, a vegetação é rústica e seca, natural da nossa Capital do Agreste, o chamado: país de Caruaru e, sem dúvida, deixávamos bem impressionados os convidados, desfrutando, daqueles momentos de contemplação e de aventuras saudáveis para o corpo e para a alma, afinal nas atitudes naturais nos sentimos mais leves e mais perto do céu. (Rezam as Escrituras que Jesus procurava refugiar-se num monte para orar).





Momentos saudosos

Guardo na memória alguns passeios esplêndidos ao cume desse morro, tanto nos tempos de criança, como na companhia de meu marido e filhos. Lembro também das vias sacras que nós acompanhávamos pelas ladeiras monte acima, junto com colegas do colégio Sagrado Coração e com titia Lousinha. O pároco e o pessoal da igreja fazia o cortejo, parando nas estações e celebrando os rituais inerentes à Paixão de Cristo. Era um sacrifício gostoso.

Os tempos mudaram

Sei que tudo continua em seus lugares, mas extremamente diferente; o tempo não é o mesmo e nós também; a época é outra, cheia de receios e reclusões. Preferimos ficar dentro de casa cumprindo um adágio popular: ‘boa romaria faz, quem em sua casa está em paz’. Todo mundo teme ser assaltado e a TV tem mostrado reportagens sobre agressões sofridas naquelas imediações. A situação piora nas épocas de chuvas quando dificulta a vida de quem mora no local. As necessidades são muitas. Ainda bem que a Diocese tem feito um trabalho digno de respeito naquele setor, juntamente com a PMC para que continue a ser um lugar privilegiado, quase sagrado, um cartão postal de nossa terra querida.

O ‘Morro’ já foi temido?

O Morro também já foi muito temido pelos moradores em geral pelo fato de aparecerem uns estrondos na cidade, uns tremores de terra e os habitantes sofrerem pensando que algo tenebroso acontecesse e, se acusa o morro como principal fator dos abalos que apavoraram os cidadãos. Muita gente vendeu casa, negócios e mudou daqui achando que ocorreria uma catástrofe.

Debate sobre a revitalização

Têm acontecido encontros de representantes dos mais diversos seguimentos da sociedade, associações, instituições, entidades administrativas debatendo a revitalização do Morro do Bom Jesus com engajamento de todo o povo e o poder público caruaruense. Assim as coisas melhorarão e retornaremos a ter o morro como um lugar ideal para passeios ecológicos e vistas atraentes de Caruaru, especialmente com uma comunidade educada e orientada para atrair o turista com o folclore regional.

Cantado por ‘Azulão’

Agradecemos a Deus por essas iniciativas a fim daquele recanto abençoado continuar sendo cantado em verso e prosa pelos poetas locais, como na música popular que o cantor Azulão tão bem interpreta falando no Bom Jesus do Monte que representa um marco nessa terra dos velozes esmeraldinos.






A esperança nas autoridades

Cabe às autoridades constituídas preservarem o ‘Monte’, pintando a capela, dando segurança com policiamento e oferecendo atrações diversas (quem sabe um teleférico) para que se reconstitua o melhor ‘cartão postal’ dessa terrinha santa que tanto amamos.


*Malude Maciel, Academia Caruaruense de Cultura, Ciências e Letras (ACACCIL).
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