
Bicho Papão. Em homenagem ao Folclore Brasileiro – Por Malude Maciel*
29/07/2024 -
Ai! Que medo sentia quando falavam no ‘bicho papão’. Quem é da minha geração sabe disso. Cada um imaginava o que fosse o bicho papão, mas sabia que não era coisa boa. Para as crianças ficarem boazinhas, comerem direitinho e atenderem aos apelos dos adultos, evocavam essa figura lendária que viria levar as crianças travessas, num saco que levava às costas. Tudo folclórico!

Muito folclore
O Folclore brasileiro é rico em personagens fantásticas que até ganharam vida através de escritores como Monteiro Lobato que trabalhou com a Cuca, o Saci Pererê, etc. Os africanos trouxeram consigo ampla bagagem de seu folclore que se incorporou a outras regionalidades nativas portuguesas e das demais raças que habitaram nosso país. As negras cuidavam dos filhos da ‘casa grande’, inclusive os amamentando com seu próprio leite, criando um convívio íntimo onde eram transmitidos diversos hábitos, costumes e maneiras de ser, através de canções, histórias, comidas e coisas culturais daquele povo. As criadas eram tão carinhosas que as crianças se apegavam e gravavam tudo que lhes contavam. Um exemplo disso é visto na biografia do grande pernambucano, Joaquim Nabuco, a influência afro o fez batalhar pela Abolição.

Nossa infância
As nossas mães, na nossa fase infantil, utilizaram lendas, músicas, contos e fantasias de origem africana, como método educacional. A começar pelas cantigas de ninar que continham nas letras a presença de animais, como: lobos, gatos, pavão, boi, etc. Reminiscências do período colonial com suas lendas: lobisomem, Comadre Florzinha, mula sem cabeça.
Outras influências
A Pedagogia e a Psicologia foram modificando o conceito, deixando as tendências e orientando as famílias para evitar o amedrontamento dos pequenos. Logicamente recebemos também influências europeias especialmente francesas de onde eram importadas as novidades mundiais. Assim, as fábulas de La Fontaine sempre estiveram presentes na contação de histórias como: O Rato do Campo e o Rato da cidade, o Lobo e o Cordeiro, a Cigarra e a Formiga, a Raposa e as Uvas, o Leão e o Ratinho e muitas outras que pertencem aos clássicos universais.
Ainda hoje são lembradas musiquinhas como: o Boi da Cara Preta, Dorme Neném, a Cuca vem Pegar, Eu Sou o Lobo Mau, Atirei o Pau no Gato.

Homenagem
A data de 22 de agosto foi escolhida para homenagear o Folclore Brasileiro, sendo festejada nas escolas e instituições.
*Malude Maciel, Academia Caruaruense de Cultura, Ciências e Letras (ACACCIL).

Confira mais notícias
Ao utilizar nosso site e suas ferramentas, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Jornal O Poder - Política de Privacidade
Esta política estabelece como ocorre o tratamento dos dados pessoais dos visitantes dos sites dos
projetos
gerenciados pela Jornal O Poder.
As informações coletadas de usuários ao preencher formulários inclusos neste site serão utilizadas
apenas para
fins de comunicação de nossas ações.
O presente site utiliza a tecnologia de cookies, através dos quais não é possível identificar
diretamente o
usuário. Entretanto, a partir deles é possível saber informações mais generalizadas, como
geolocalização,
navegador utilizado e se o acesso é por desktop ou mobile, além de identificar outras informações
sobre
hábitos de navegação.
O usuário tem direito a obter, em relação aos dados tratados pelo nosso site, a qualquer momento, a
confirmação do armazenamento desses dados.
O consentimento do usuário titular dos dados será fornecido através do próprio site e seus
formulários
preenchidos.
De acordo com os termos estabelecidos nesta política, a Jornal O Poder não divulgará dados
pessoais.
Com o objetivo de garantir maior proteção das informações pessoais que estão no banco de dados, a
Jornal O Poder
implementa medidas contra ameaças físicas e técnicas, a fim de proteger todas as
informações pessoais para evitar uso e divulgação não autorizados.