
Maduro festeja – Ganhador de eleição questionável discursa sem pensar na imagem do país. Leia o que explica Antonio Magalhães, de O Poder
29/07/2024 - Jornal O Poder
Na reunião com apoiadores e diplomatas estrangeiros, Nicolás Maduro exigiu hoje que o resultado seja respeitado. A mesma coisa que ele vinha dizendo antes da eleição. Como também argumentavam na campanha o chefe do exército venezuelano, o representante brasileiro Celso Amorim e até o presidente Lula. Para ele o resultado seria respeitado. Um sinal claro que o ganhador só poderia ser o Maduro.
Um homem de paz que promove violência
“Temos que respeitar essa Constituição, temos que respeitar o árbitro e que ninguém tente desrespeitar essa bela jornada”, disse. “Sou um homem de paz. Sou um homem de diálogo. Nunca jamais pensei, jamais, em estar em cargo público de relevância. Sempre o que me moveu foi o espírito de lutar por Venezuela”, continuou.
Povo valente só a favor
E teceu elogios ao seu antecessor, Hugo Chávez, que morreu em 2013. “Minha única inspiração foi ser soldado de Hugo Chávez.” Ele disse que já recebeu ligação de líderes da Nicarágua, Cuba e Bolívia para felicitar os resultados. “Sua ligação foi de admiração pela valentia desse povo”.
Perseguição aos adversários
O noticiário sobre a eleição venezuelana, antes e depois do pleito deste domingo, é descrito como uma campanha eleitoral com extrema violência: prisão de adversários de Maduro, inelegibilidade da principal opositora, gangs de paramilitares intimidando eleitores e muita violência policial e do exército nas ruas.
Banho de sangue
A ponto de Maduro declarar na semana passada que se perdesse a eleição haveria um “banho de sangue” na Venezuela e que ela se envolveria numa guerra civil. Depois da suposta vitória de ontem o risco de um conflito interno no país continua no ar.