
PT dividido – José Dirceu apoia Maduro. Marina Silva diz que Venezuela não é uma democracia
31/07/2024 -
O ex-ministro da Casa Civil e ex-presidente do PT, José Dirceu, avaliou que a última eleição na Venezuela, que reelegeu o ditador Nicolás Maduro, foi “segura” e “inviolável”. Ele reconheceu Maduro como “vitorioso” e comparou as alegações de fraude, feitas pela oposição venezuelana e pela comunidade internacional, àquelas feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo americano Donald Trump e pelo ex-deputado Aécio Neves (PSDB), quando foram derrotados.
Discurso de desconfiança
Dirceu afirmou que o discurso de desconfiança das urnas foi suscitado pela oposição e que os votos impressos garantiram a confiabilidade do pleito, apesar de as atas de votação não terem sido divulgadas. Além disso, levantou suspeitas de que os opositores do regime tenham ligações com o que chamou de imperialismo dos Estados Unidos e pretensões golpistas. “Precisamos aguardar a conferência das atas e não dar razão à oposição, muito menos às manifestações violentas”, disse.
À espera das atas
Já a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou hoje que a Venezuela não vive sob um regime democrático e cobrou provas de transparência da eleição presidencial no país. Apesar de o governo brasileiro não ter reconhecido ou negado a legitimidade do resultado, Marina elogiou o comunicado do Itamaraty, que, na segunda-feira (29/07), declarou que a apresentação das atas eleitorais era um “passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
Democracia sem perseguição política
“Um regime democrático pressupõe que as eleições são livres, que os sistemas são transparentes, que não haja nenhuma forma de perseguição política ou tentativa de inviabilizar com que os diferentes segmentos da sociedade, que legitimamente têm o direito de pleitear, cheguem ao poder. Que não venham a sofrer qualquer tipo de constrangimento ou impedimento”, disse, em entrevista ao site Metrópoles.
