
A culpa é do estagiário!– Por Eduardo Albuquerque*
19/08/2024 -
- Os direitos do estagiário: 1°) Não tem direitos; e 2°) Não pode reivindicar o 1°;
- Realmente, esse relatório não tem “nem pé, nem cabeça”;
- Vá ali no Banco Central, diga que é estagiário na Caixa Federal e que o gerente está pedindo emprestada a ‘máquina de encontrar diferenças de caixa’.
E por aí vai... ‘as brincadeiras’, chistes, a que são submetidos os estagiários, em quaisquer locais onde esses treinandos estejam a iniciar os primeiros, claudicantes passos do aprendizado profissional.
Hoje, certamente, dir-se-ia: isso é ’bulling’ – eita, seu inseguro cronista, foi sem querer o uso da decantada ‘síndrome de vira-lata’?!
Nossos raros, teimosos leitores, ou foram ou conviveram com esses novos colegas de trabalho, que adentravam escritórios, repartições, empresas e que tais, geralmente tímidos ou por demais ousados, os ‘sabe-tudo’.
Não nos sombreiam dúvidas de que os novatos vêm em busca de aplicarem as teorias que lhes são professadas, pondo em prática os conhecimentos que, supostamente, devem resultar nos fins almejados.
Muitos tem, no estágio, um primeiro passo para a profissionalização que lhes oportunizará a realização do tão esperado brilhante futuro, onde acalentados e recorrentes aspirações são semeadas, cultivadas, com denodo e persistência. Esse período se reveste como alternativa de acesso ao famigerado (e cada vez minguado) mercado de trabalho.
As falhas ‘de vera ou de brinca’, se constituem na construção do processo de aprendizado. Aí ele sorverá o tão apregoado apanágio de afamados consultores, o ‘chá’ – conhecimento, habilidade e atitude, ao tempo em que forma seu caráter, sua ética e a desempenhar, a contento, o tão indispensável relacionamento interpessoal, a aspirada prática da inteligência emocional.
Enfim, ainda bem que de desconhecida procedência/autoria, a tombada mensagem: “O estagiário só difere do escravo porque ainda tem que estudar”...menos pessoal, menos...
Agora, pra findar de vera: o cronista quer mesmo é homenagear, com suas costumeiras elucubrações, o nosso tão necessário e bem-vindo estagiário, neste 18 de agosto, seu dia!
*Eduardo Albuquerque, Natural de Pedro II (PI), 70 anos, aposentado da Caixa Econômica Federal. Formado em Gestão Estratégica das Organizações na UNISUL/SC, Pós-graduado em Gestão Governamental e Responsabilidade Fiscal-UNISUL/SC. MBA em Finanças e Mercado de Capitais-IBMEC/SP. Cidadão Honorário de Olinda, reside no Recife/PE desde 1973.
