
É Findi – Cultura e Lazer – Rua Joaquim Felipe (Beco do Cú do Boi), crônica histórica, por Carlos Bezerra Cavalcanti*
21/09/2024 -
O “pitoresco” apelido desse logradouro tem sua origem popular: existia, em meados do século XIX, ainda na Revolução Praieira (1848), na esquina da Estrada de João de Barros, nas imediações do atual prédio da CELPE, o Sítio do Olho do Boi. O caminho que ligava esse sítio aos alagados de Fernandes Vieira, depois de alargado, passou a ser chamado de estrada, posteriormente, travessa e Beco do Olho do Boi. Como a parte da frente do beco, onde existia o sítio, se chamava Olho do Boi, a verve popular passou a chamar de ‘Cú do Boi’, a parte de traz do beco, para quem vinha da Fernandes Vieira.
Quem foi Joaquim Filipe?
Em sessão da Câmara Municipal do Recife, de 25 de maio de 1887, foi aprovado parecer do vereador Tito Lívio Soares, modificando o nome da antiga Travessa do Olho do Boi para Rua do Comendador Joaquim Felipe próspero comerciante na praça do Recife, nascido em 1º de maio de 1827 e falecido em Olinda, em 1º de novembro de 1903, casado com D. Delmira Cabral da Costa, falecida em 28 de novembro de 1919. Joaquim Felippe da Costa, grande benfeitor da sociedade, e, por mais de trinta anos, diretor da Casa de Misericórdia do Recife, onde foi mordomo e tesoureiro, quando veio falecer. Esse logradouro tinha o nome popular de ‘Beco do Cu do Boi’ daí a pressa da edilidade de “batizá-lo”com uma denominação mais social, o que não adiantou muito, até hoje ele é conhecido, jocosamente, como ‘Beco do cú do boi’.

*Carlos Bezerra Cavalcanti, sócio efetivo e benemérito do IAHGP