
'11 de setembro de 2001, o significado' – por Jarbas Beltrão*
23/09/2024 - Jornal O Poder
Marco
O dia 11 de setembro de 2001 é um dos marcos mais importantes na História Contemporânea - ocorreram ataques terroristas de bandeira Islâmica às Torres Gêmeas, em Nova Iorque, e ao Pentágono, em Washington D.C. nos EUA - com a ocorrência desses eventos, sobretudo em Nova York, milhares de mortes foram registradas, pegaram os Estados Unidos e o mundo de surpresa.
Segurança
O mundo foi sacudido, por uma onda de terror, e repentinamente revelou-se a vulnerabilidade da segurança das nações e, daquela maior potência do mundo, então atacada, atingindo os seus símbolos de maior expressão: o econômico (World Trader Center), e o militar (Pentágono). O mundo, a partir de então, nunca mais seria o mesmo. Medidas drásticas de combate ao terror foram adotadas, dentro e fora dos Estados Unidos da América (EUA), o que ocorre até hoje na maioria dos países do mundo.

Abordagem da Imprensa
A abordagem jornalística do ataque terrorista, quase sempre tem a marca, de uma tendência dominante, que é exclusiva do jornalismo investigativo; de sempre buscar encontrar nos atos terroristas, razões identificadas como as localizadas nas causas do fato criminoso em si, ou seja, na sua natureza política, tornando secundárias as razões culturais, focando na maioria das vezes na abordagem política a propósito daquela organização terrorista afegã, a Al Qaeda (A Base) responsável pelo ato terrorista, e seu líder Osama Bin Laden.
Buscas das causas
Os trabalhos investigativos, de reconhecida importância, avançaram bastante e, não para de aparecer novas produções; vez por outra, surgem analistas que ressaltam, tensões antigas e novas, da política internacional, reavivam estruturas presentes no imaginário das sensibilidades religiosas do passado, da compreensão da história dos confrontos culturais, por aí busca-se subsídios ideológicos enxergando-se, até, uma luta do bem contra o mal, em abordagens religiosas
Cenário de tensões
No final da década de 1970 prolongando-se até o final da década seguinte, o Afeganistão era um cenário de tensões, muitos conflitos sócio-políticos já não eram resolvidos no campo da política, por lá, a bússola que mostrava as razões para o clima de nervosimo existente estava ancorada dentro da moldura da "Guerra Fria" - conflito ideológico URSS x Ocidente Liberal (1945-1991)
Presença da União Soviética
Em 1979, a URSS, visando manter um governo marxista que lhe agradara, invadiu com suas tropas o território afegão e ali permaneceu até 1989, enfrentou com a invasão a resistência dos ‘muhadjins’, mas não suportou o alto custo do conflito, e daí retirou suas tropas militares, entretanto deixou atuante seu sistema de informações sob a liderança da KGB, que irradiava suas influências em toda a região do Oriente Médio (Iraque, Síria, Arábia Saudita).
Presença Ocidental
Na entrada do Século XXI, o Ocidente, visando reduzir influência do marxismo soviético, entra com tropas norte-americanas e britânicas, ocupando regiões da Arábia Saudita e Afeganistão. A presença de tropas ocidentais em terras do Oriente Médio, em especial Afeganistão e Arábia Saudita, foi o elemento catalizador de novas tensões.

Al Qaeda
A presença militar de tropas ocidentais nos países ocupados - Afeganistão e Arábia Saudita - principalmente no território Saudita, onde estão localizadas as duas cidades sagradas do Islã, isto é, Meca e Medina, fomentou o sentimento, que sempre foi muito forte, do fanatismo islâmico, marcado por profundo ódio ao Ocidente, só que turbinado pela influência marxista conforme o ex-agente da KGB Vladislac Bitman, em sua memória, "A KGB e a Desinformação Soviética" e Ian Pacepa "A Desinformação", esse último agente da Securitate, Agência Romena de Informações e Segurança
A indignação islâmicofundamentalista - como já nos referimos - foi impulsionada pela ocupação do solo sagrado da Arábia Saudita, entendida como um sacrilégio. Daí, uma organização existente, formada à partir da Irmandade Muçulmana - Al Qaeda - sob a direção do milionário Isama Bin Laden, faria severa crítica ao governo Saudita, por admitir e não resistir a presença de tropas ocidentais, o que lhe custou, então, a expulsão, indo, portanto, abrigar-se no Sudão. A partir desse episódio, Osama Bin Laden passou a aprofundar seu ódio ao EUA, ódio que era mistura de fundamentalismo islâmico, nacionalismo e islamoesquerdismo.
Terror
O ambiente tensionado, temperado com muito ódio, político, cultural, se constituiu em receita pronta e acabada, para realização de um propósito criminoso com uso dos fanáticos da Al Qaeda, fincados em todo o mundo, e com presença nos EUA, neste último já se planejava ataques terroristas na América, com aquele perfil já conhecido de suicídios.
Ódio à América
Uma preparação, já em andamento em território americano, foi então apressada, com o ódio aumentado diante daquelas circunstâncias da presença americana no território saudita. Aí nasce no imaginário de grupos muçulmanos, a ideia de lutar contra os Estados Unidos, pois, é ,"lutar contra a opressão, entendido por, lutar contra à América, é eliminar, o grande Satã".
Inimigos do Islã
Estados Unidos, Ocidente e seu "satélite" no Oriente Próximo e Médio - Israel (pequeno Satã) - foram tornados no imaginário de alguns daqueles povos, como a representação de todos o males. A Revolução Islâmica no Iran, ainda na década de 1970, usou, o surrado argumento "anti-imperialista" para promoção de uma onda de violência, presente até hoje, contra cidadãos norte-americanos, Israel e os Ocidentais; por conta dessa cultura de ódio, surgiram grupos terroristas, como, Hamas e Hezbollah, que usam argumentos semelhantes para atacar Israel e seus cidadãos, com base numa leitura do Corão, conveniente aos seus propósitos terroristas.
Ambiente de terror
É no ambiente cultural, marcado, por fanatismo e ódio religiosos que reside as raízes do ‘11 de Setembro’, que deu impulso a diversos atos terroristas no mundo, com predominância no Ocidente, incluindo-se também a Federação Russa Nesse ambiente de ódio até hoje, chega-se ao ato do terror do Hamas em Israel, no dia 08 de outubro de 2023, que tirou a vida de mais de duas mil pessoas que participavam de um festival nacional-religioso, tendo outros sequestrados o tornados reféns, morrendo, em seguida, em prisões do Hamas, daí desencadeando-se o atual conflito na região.

11/09/2001 e 07/10/2024
Entre essas duas datas, reside grande parte desta guerra do Islã terrorista contra o Ocidente. Os grupos terroristas, como, Al Qaeda, Al fatah, Hamas, Hezbollah, Houthis, Jihad Islâmica, Isis, Boko Haran, fazem a guerra do fanatismo fundamentalista islâmico contra o Ocidente, embora cada um deles apresentem suas particularidades, que escondem seus verdadeiros objetivos: "destruir o Ocidente", revelados, na mentalidade de um ódio islâmico, com afirmação de uma liderança religiosa, Abu Dawud que, assim relata: "mulheres e crianças podem morrer em ataques noturnos...fazem parte dos pagãos". Leia-se, não há problemas em matá-los. (Ação terrorista do Hamas em 07 e 08/10/2024, em nome do Estado "Palestino"), pois é, segundo o terror islâmico, "a pessoa que mata um infiel lutando no caminho de Alá, terá seus pecados redimidos e perdoados e irá assim para o paraíso", citado na obra dos autores, R.C. Sproul & Abdul Saleeb, "o outro lado do Islã". Eis, a face oculta que impulsiona grupos fanáticos a fazerem o que acreditam ser a ‘Jihad Islâmica’. Mossad Youssef, ex-membro do Hamas, afirmaria em sua obra" O filho do Hamas", que uma face que se quer ocultar do Islamismo é o seu lado do terrorismo e o Ocidente sempre sofrerá os efeitos dessa cultura da violência, cultura que é marca da educação de muitos povos do Oriente Próximo/Médio e africanos
Do ‘buncker’ de Gravatá - PE
Tenho dito.
*Jarbas Beltrão, Ms., é professor de História da UPE

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