
Eleições — TSE divulgará, primeiro, resultados dos municípios que terão 2º turno
28/09/2024 -
Faltando pouquíssimos dias para a realização do primeiro turno das eleições deste ano, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu adotar uma medida inédita no país, em se tratando de pleitos municipais. A Corte anunciou que vai adiar a divulgação do resultado das zonas eleitorais nos municípios com menos de 200 mil habitantes — e que, portanto, não estão sujeitos a disputa do segundo turno.
Diferenças aprovadas
Assim, as informações referentes às zonas eleitorais destes municípios deixarão de ser reveladas em tempo real pelo Tribunal e passarão a ser anunciadas ao final da apuração dos votos totais de cada cidade. Já nos municípios onde haverá disputa em segundo turno, os resultados poderão ser transmitidos em tempo real, como tem acontecido há anos.
Necessidade do sistema
A medida foi anunciada pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, com o argumento de que é necessária para evitar uma sobrecarga dos sistemas de divulgação da Corte. O pleito de 2024 consiste na primeira eleição municipal com a unificação dos horários de votação no país, das 8h às 17h (pelo horário de Brasília). O que significa, por exemplo, que o eleitor do Acre deve ter de votar das 6h às 15h.
Horário unificado dificultou
Foi essa mudança que levou o TSE a analisar formas de adequação ao sistema de divulgação dos resultados. O horário unificado impõe à Justiça eleitoral, este ano, apurar e divulgar votos em mais de 5 mil municípios e destinados a cerca de 465 mil candidatos ao mesmo tempo. Motivo pelo qual, os ministros que integram a Corte consideraram complicado divulgar os resultados de todas as cidades em tempo real.
“Mesma agilidade”
A mudança conforme argumentou a presidente do TSE, “não afetará a agilidade do resultado das eleições e nem atrasará a divulgação, porque será feita de forma técnica, com profissionais de tecnologia da informação bem qualificados”. “Queremos que o eleitor tenha segurança e eficiência na apresentação de dados, sem possibilidade de sobrecarga do sistema ou demora maior”, justificou Cármen Lúcia.