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Fliporto homenageia Raimundo Carrero um dos maiores escritores do País

29/10/2024

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O integrante da Academia Pernambucana de Letras, Raimundo Carrero, um dos mais importantes romancistas da sua geração, será um dos grandes homenageados da Fliporto 2024. R
Carrero é reconhecido como uma figura essencial da literatura brasileira contemporânea.

Conteúdo

Com uma obra marcada pela densidade psicológica e narrativa profunda, Carrero explorou a alma humana e os dilemas sociais do Nordeste. Sua trajetória literária, premiada e admirada, será celebrada com uma palestra onde ele, mediado por Mário Hélio, falará sobre a importância das festas literárias para a formação de novos autores e a literatura atual.

Símbolo

Carrero representa um pilar da cultura pernambucana, e sua contribuição será destacada nessa 13ª edição da Fliporto.

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O integrante da Academia Pernambucana de Letras, Raimundo Carrero, um dos mais importantes romancistas da sua geração, será um dos grandes homenageados da Fliporto 2024. R
Carrero é reconhecido como uma figura essencial da literatura brasileira contemporânea.

Conteúdo

Com uma obra marcada pela densidade psicológica e narrativa profunda, Carrero explorou a alma humana e os dilemas sociais do Nordeste. Sua trajetória literária, premiada e admirada, será celebrada com uma palestra onde ele, mediado por Mário Hélio, falará sobre a importância das festas literárias para a formação de novos autores e a literatura atual.

Símbolo

Carrero representa um pilar da cultura pernambucana, e sua contribuição será destacada nessa 13ª edição da Fliporto.

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É Findi - Natal: Eu Também Vou Fazer Tudo Isso - Crônica, por Romero Falcão*

20/12/2025

Tenho tanto a dizer sobre meus espinhos politicamente incorretos. Minha indignação diante dos atuais e aviltantes acontecimentos políticos, das atrocidades que crescem contra as mulheres. Ah, minha indignação — milagrosamente ainda não anestesiada. Palavras sem traquejo para agradar o leitor.

Grão de Esperança

Mas é Natal. “Então é Natal, o ano termina e nasce outra vez.” Busco Simone no chuveiro, cantarolo, misturo com Noite Feliz. Esforço-me: cultivo um grão de esperança na humanidade. Imagino um Papai Noel que não desça pela chaminé, mas que suba o morro do Rio de Janeiro num cessar-fogo da brutalidade. Que surja também uma estrela-guia no coração dos poderosos que explodem crianças e idosos em zonas de guerra.



Mudar o Disco

Cara, é Natal. Deixa de falar em guerra. Amolece a escrita, ao menos nos festejos do nascimento do menino salvador. Quem aguenta chegar ao ponto final assim? Vamos mudar o...

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Tenho tanto a dizer sobre meus espinhos politicamente incorretos. Minha indignação diante dos atuais e aviltantes acontecimentos políticos, das atrocidades que crescem contra as mulheres. Ah, minha indignação — milagrosamente ainda não anestesiada. Palavras sem traquejo para agradar o leitor.

Grão de Esperança

Mas é Natal. “Então é Natal, o ano termina e nasce outra vez.” Busco Simone no chuveiro, cantarolo, misturo com Noite Feliz. Esforço-me: cultivo um grão de esperança na humanidade. Imagino um Papai Noel que não desça pela chaminé, mas que suba o morro do Rio de Janeiro num cessar-fogo da brutalidade. Que surja também uma estrela-guia no coração dos poderosos que explodem crianças e idosos em zonas de guerra.



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Mudar o Disco

Cara, é Natal. Deixa de falar em guerra. Amolece a escrita, ao menos nos festejos do nascimento do menino salvador. Quem aguenta chegar ao ponto final assim? Vamos mudar o disco.

Numa rua do subúrbio, observo uma senhora se equilibrando na escada. De vassoura na mão, enrosca um pisca-pisca na goiabeira do jardim.

Figurino Natalino

Assim como a cidade, as casas se vestem para o Natal. Repito “Natal” em excesso — pobreza vocabular deste cronista. Mas é Natal: para o erudito, para o ignaro, para a paz, ao menos uma vez. Simone, perdoe-me o trocadilho.

Os arranjos se multiplicam no figurino natalino: nas portas das repartições, sobre as mesas das casas, na luz das vitrines, na alegria da meninada.

Nem Armo, Nem Doo

Minha árvore dorme há anos numa caixa de papelão empoeirada. Nem armo, nem doo. As bolas já não quebram como na infância e continuam brilhando apenas na memória. Sai pra lá, nostalgia.



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Comer, Beber, Fofocar

“Então é Natal”. O que você vai fazer, caríssimo leitor, amável leitora? Encher o carrinho do supermercado, caprichar na ceia? Comer, beber, fofocar e rezar em família?

Eu também vou fazer tudo isso. Até parecer um homem melhor. Feito o amigo indiferente nos 363 dias do ano- noves fora Natal e Ano novo- tal qual os dos grupos de zap nos quais muitos integrantes passam o ano todo sem dar um Oi, mas no final do ano é todo carinho num emojie e frases prontas. Afinal, o espírito do Natal é uma excelente data para sermos o que não somos.



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As Cartas de Rilke

Só um detalhe: um verniz intelectual. Abrirei as "Cartas Natalinas à Mãe", do excepcional poeta Rainer Maria Rilke, sobretudo a de 1914, quando ele deseja que a noite santa convença os homens exaltados e violentos a largarem a morte que lançam uns contra os outros.

Não Existe Tempo Presente

Então é Natal: a vida, o nascimento de um instante. Embora, para a matemática, não exista tempo presente. É o cérebro humano que cria, elabora o agora — com suas belezas e idiossincrasias.

Feliz Natal!


*Romero Falcão é um cronista que se arrisca a fazer poema torto.



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NR - Os textos assinados expressam a opinião dos seus autores.




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É Findi - Recalculando Rotas - Crônica, por Ana Pottes*

20/12/2025

Há sempre o que ser construído, falado ou cuidado por cada pessoa sobre a face do mundo. Na claridade da Lua ou sob a luz do Sol, os olhos daqueles que sonham e veem mudanças se mostram atentos e brilham como faróis guias. Talvez por isso, quando dezembro chega, inundando os ares das cidades com suas luzes coloridas, uma gota minúscula de Esperança se acende em cada espaço de proteção: seja um boné, chapéu de abas largas, um guarda-sol, uma casinha pequenina, e até mesmo nas mansões que nem cabem no meu ínfimo pensamento.

Ela se revigora, e é sob sua égide que o novo ano se anuncia, tão cedo, já nos primeiros dias de novembro. Todavia, 2025 respira e ainda respinga sobre nossos sonhos os seus piores pesadelos. Eles nos marcaram tal faca amolada, ferindo as costuras das fantasias e dos devaneios. Ainda sangram as dores das separações, perdas, explosões, guerras, destruições e dos sentimentos pisoteados, massacrados e assassinados pelos preconceitos, egoísmos e vaidades...

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Há sempre o que ser construído, falado ou cuidado por cada pessoa sobre a face do mundo. Na claridade da Lua ou sob a luz do Sol, os olhos daqueles que sonham e veem mudanças se mostram atentos e brilham como faróis guias. Talvez por isso, quando dezembro chega, inundando os ares das cidades com suas luzes coloridas, uma gota minúscula de Esperança se acende em cada espaço de proteção: seja um boné, chapéu de abas largas, um guarda-sol, uma casinha pequenina, e até mesmo nas mansões que nem cabem no meu ínfimo pensamento.

Ela se revigora, e é sob sua égide que o novo ano se anuncia, tão cedo, já nos primeiros dias de novembro. Todavia, 2025 respira e ainda respinga sobre nossos sonhos os seus piores pesadelos. Eles nos marcaram tal faca amolada, ferindo as costuras das fantasias e dos devaneios. Ainda sangram as dores das separações, perdas, explosões, guerras, destruições e dos sentimentos pisoteados, massacrados e assassinados pelos preconceitos, egoísmos e vaidades supremas. Entretanto, nesse período, aparecem uns bons momentos para quem quer reavaliar caminhos e adotar novas trilhas. Algo brilha ao final do túnel. Ainda bem!

Penso hoje que até o criador, mirando a cria, moldada à sua imagem e semelhança, talvez reflita sobre e busque ajuda de uma IA para corrigir e adaptar algumas boas mudanças, e é bem possível que ela, com a supremacia do conhecimento, diga algo nessa linha de pensamento: “tratar e desenvolver a inteligência junto à capacidade de lidar com o Orgulho, a Ganância, a Luxúria, a Ira, a Gula, a Inveja e a Preguiça, já vai sinalizar como um início de rota capaz de atenuar alguns dos muitos males que permeiam essa existência.”

Portanto, queridos, queridas que me leem, reflitam se esse é o momento; há disponibilidade para recalcular rotas? Pelo menos aquelas que nos cabem e sobre as quais possuímos poderes para gerar ondas de mudanças.

E, fechando o FINDI desse ano, deixo votos de bom Natal e um 2026 mais maduro para nós, criaturas viventes, nesse espaço que habitamos!


*Ana Pottes, psicóloga, gosta de escrever crônicas, contos e poemas sobre as interações emocionais com a vida. Autora do livro de poemas: Nem tudo são flores, mas... elas existem!



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É Findi - É Natal! - Poema, por Eduardo Albuquerque*

20/12/2025

É Natal... e o que destes
Ao vosso irmão que necessita
Um simples prato de comida
Ou fizestes que não vistes



É Natal... e o tal desvalido
Atravessa vosso caminho
Prisioneiro do vil destino
Mendigo quiçá sem abrigo

É Natal... reflitas pois
O que deveras podeis fazer
Antes de findar vosso ser



É Natal... não depois
Sempre podeis, é só querer
Por que tão difícil compreender?


*Eduardo Albuquerque, poeta, cronista, escritor.



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É Natal... e o que destes
Ao vosso irmão que necessita
Um simples prato de comida
Ou fizestes que não vistes



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É Natal... e o tal desvalido
Atravessa vosso caminho
Prisioneiro do vil destino
Mendigo quiçá sem abrigo

É Natal... reflitas pois
O que deveras podeis fazer
Antes de findar vosso ser



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É Natal... não depois
Sempre podeis, é só querer
Por que tão difícil compreender?


*Eduardo Albuquerque, poeta, cronista, escritor.



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É Findi - Pastoril: Religiosidade e Tradição - Crônica, por Maria Inês Machado*

20/12/2025

Mês de dezembro. A modesta cidade do interior do Ceará acordava para os preparativos do Natal de Jesus. As famílias se reuniam. A movimentação era intensa. As meninas e jovens da cidade abriam o coração em festa. Além da escolha dos modelos dos vestidos para as novenas à noite, na igreja matriz, estavam também em pauta o cerco das pastorinhas, com os partidos Encarnado e Azul, que mobilizavam toda a cidade.
O jardim da praça, já bem cuidado durante o ano, apresentava visual diferente quando dezembro chegava com seu calor intenso. A cidade começava a mudar a vestimenta. A praça, à noite, virava sala de visitas. A lapinha, feita com esmero, parecia receber a aprovação dos céus pela beleza representativa. A cidade se revestia de luminosidade. Era o sol da alegria dominante, que parecia disputar espaço com a luz solar.
As famílias se ajeitavam cedo: cadeiras na calçada, conversa de portão em portão, e a Matriz observando tudo com aquela calma antiga que só igreja de interior...

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Mês de dezembro. A modesta cidade do interior do Ceará acordava para os preparativos do Natal de Jesus. As famílias se reuniam. A movimentação era intensa. As meninas e jovens da cidade abriam o coração em festa. Além da escolha dos modelos dos vestidos para as novenas à noite, na igreja matriz, estavam também em pauta o cerco das pastorinhas, com os partidos Encarnado e Azul, que mobilizavam toda a cidade.
O jardim da praça, já bem cuidado durante o ano, apresentava visual diferente quando dezembro chegava com seu calor intenso. A cidade começava a mudar a vestimenta. A praça, à noite, virava sala de visitas. A lapinha, feita com esmero, parecia receber a aprovação dos céus pela beleza representativa. A cidade se revestia de luminosidade. Era o sol da alegria dominante, que parecia disputar espaço com a luz solar.
As famílias se ajeitavam cedo: cadeiras na calçada, conversa de portão em portão, e a Matriz observando tudo com aquela calma antiga que só igreja de interior tem.

As Pastorinhas

Não era só enfeite. Era anúncio. Porque, quando o Natal se aproximava, vinha com ele um chamado que ninguém confundia: as Pastorinhas. E, com elas, a alegria palpitante dos dois partidos — Encarnado e Azul — que não dividiam a cidade, mas a encantavam com a beleza representativa da tradição. Era uma forma de brincar rezando, de louvar cantando, de competir com beleza sem perder o respeito.
O pastoril, também chamado de pastorinhas, era mais que apresentação: era tradição de cultura oral, passada de boca em boca, de mãe para filha, para louvar o nascimento de Jesus, com uma disputa simbólica entre dois cordões.
Na pequena cidade, havia histórias que corriam feito rio em tempo de cheia: grupos formados por mulheres da comunidade, costurando o próprio brilho com pano simples, fita, renda e coragem. Em algumas memórias locais, fala-se de um grupo composto por oito mulheres e apenas um homem, e da maneira como a tradição nasceu com as pastorinhas.

Apresentação

Na noite da apresentação, o povo se ajeitava ao redor da praça. E então surgiam elas, em duas fileiras vivas: Cordão Encarnado, puxado pela Mestra; Cordão Azul, puxado pela Contramestra; Diana, que fazia o meio do mundo: metade de uma cor, metade da outra, lembrando que tudo era uma coisa só.
As mãos batiam pandeiro, os pés marcavam o chão, e o canto nascia com simplicidade — não para impressionar, mas para reunir. Havia também as figuras que atravessavam a cena: o Anjo, anunciando; a Cigana, pedindo e brincando; e até o Diabo, provocador, personagem de riso e alerta, sempre vencido pelo bem — porque o auto era caminho para Belém. Mensagem em forma de dança.

E a cidade escolhia seu lado com o mesmo fervor com que escolhe uma bandeira em dia de festa:

— Tu és de qual?
— Eu sou Encarnado!
— Pois eu sou Azul, até o fim!
Mas ninguém se odiava por isso. O que havia era pertencimento. A criança aprendia cedo: a cor não era muro, e sim ponte.

Naquele tempo, a menina Luzia, filha de costureira, vestiu-se de azul pela primeira vez. A mãe passou o ferro na saia com cuidado de quem passa água benta. Do outro lado da rua, Rosália, do Encarnado, ensaiava o sorriso firme, porque ser pastorinha exigia presença. Não bastava roupa; era preciso sustentar a cena com a alma.

A Mestra do Encarnado dizia:

Boa noite, minha gente,
Vim aqui para anunciar:
Chegou o pastoril sagrado,
O Natal vai celebrar.
Com muita fé e devoção,
O coração cheio de alegria,
Louvar o Menino Jesus,
Que nasceu para a salvação.
A Contramestra do Azul respondia:
É tradição do nosso povo
Que o tempo não apagou.
É canto, dança e promessa,
É o Natal que chegou.
Mestra:
Palmas! Muitas palmas, minha gente,
Com carinho e emoção,
Para os cordões que hoje dançam:
Azulão e Encarnadão.

E as duas, mesmo rivais, se entendiam num idioma secreto: o idioma de quem sustenta a tradição para que ela não se desmanche com o tempo.
E assim, na sequência de noites animadas já no final do mês, reuniam-se na praça as famílias, as autoridades locais e os convidados. Era também época de angariar recursos para a manutenção da igreja; ali se via o resultado das rifas, entre outros. As mesas, bem-postas, com toalhas de linho bordadas em Richelieu, exibiam diversos tipos de comidas típicas da região.

O Leilão

Arrematar, através do leilão, as refinadas galinhas recheadas da senhora Matilde; o bolo Luiz Felipe, Souza Leão de dona Antônia; os deliciosos tijolos de leite e cocadas da senhora Margarida; ser contemplado por um mês com a famosa coalhada, queijo de manteiga e o queijo coalho da fazenda família Alencar; ou mesmo as balas de café e o doce de banana com leite da senhora Valquíria — tudo isso era prazer garantido. Iguarias disputadas. Desejos selecionados. Ajuda assegurada. Gesto de generosidade e pertencimento comunitário
Valia também o pernil recheado, preparado com primor na fazenda do senhor Joaquim. As cestas com produtos da fazenda. A disputa pela carne de bode do seu Lourival fazia as prendas crescerem e era do agrado do senhor vigário, que necessitava dos recursos para as despesas da paróquia.
Pastoril: festa do coração, envolvida pelo respeito, amizade e cordialidade dos moradores e convidados da modesta cidade interiorana. Sinônimo de tradição e religiosidade.

Era nesse clima de alegria que o pastoril se perpetuava, celebrando o Divino Aniversariante num ambiente de paz.

São as gotas do sereno do amor natalino que sustentam a tradição das famílias nordestinas, no sopro vivo da fraternidade.


*Maria Inês Machado é psicóloga, especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental e em Intervenção Psicossocial à família. Possui formação em contação de histórias pela FAFIRE e pelo Espaço Zumbaiar. Gosta de escrever contos que retratam os recortes da vida. Autora do livro infantojuvenil 'A Cidade das Flores'.



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É Findi - Gulandim, por Josué Sena*

20/12/2025

Soneto de recordação de Ponta de Pedras

Ponta de Pedras. Havia uma casa de banho,
Amigos, No riacho Gulandim,
Do seu curso quase no fim,
Em tempo de antanho.

Nesse riacho que para o mar ruma,
Diferente do banho salgado,
Que cortava espuma
O Sabonete era utilizado.

Cheiro perfumado. Aguinha fria e pura,
Vinda de remota nascente,
Sob a mata atlântica escura,

Que também dá saudade na gente.
Sim, Gostaria de uma volta ao passado,
A rever o Gulandim em primitivo estado.


*Josué Sena, poeta e desembargador do TJPE.



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Soneto de recordação de Ponta de Pedras

Ponta de Pedras. Havia uma casa de banho,
Amigos, No riacho Gulandim,
Do seu curso quase no fim,
Em tempo de antanho.

Nesse riacho que para o mar ruma,
Diferente do banho salgado,
Que cortava espuma
O Sabonete era utilizado.

Cheiro perfumado. Aguinha fria e pura,
Vinda de remota nascente,
Sob a mata atlântica escura,

Que também dá saudade na gente.
Sim, Gostaria de uma volta ao passado,
A rever o Gulandim em primitivo estado.


*Josué Sena, poeta e desembargador do TJPE.



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É Findi – Xico Bizerra* chega hoje em Dose Dupla

20/12/2025

Crônica - Flavinho Beira-Mar ...

... esse tal de Flavinho é gente muito boa. Será um bom Presidente. Será? Descendente de europeu, acho, pela cor da pele e dos 'zói'. Cidadão do bem. Um exemplo de que tem algo a ver com hereditariedade, o caráter e a formação moral das pessoas. Mas ele é bonzinho. Problema é que o povo é que nem as manicures de Itabaiana: tem a língua quase do tamanho de um trem daqueles bem grande, da Great Western Railway of Brazil, de que fala o Poeta Quirino. Tudo isso, essa malandragem, esse jogo de cintura, tudo, tudim, ele aprendeu na casa da mãe. E daí? Quê que vocês têm a ver com a vida e a mansão do cabra. Saibam que chocolate sempre foi um produto que vende muito o ano todo e que o lucro é quase o mesmo de uma ‘lavanderia’, por exemplo. Aliás, sobre a mansão, nem é essas 'mansão' toda: dizem que as paredes são cheias de rachadinhas, frágeis como se de chocolate fossem. Ele, como mais velho, é exemplo pros outros irmãos, que seguem a mes...

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Crônica - Flavinho Beira-Mar ...

... esse tal de Flavinho é gente muito boa. Será um bom Presidente. Será? Descendente de europeu, acho, pela cor da pele e dos 'zói'. Cidadão do bem. Um exemplo de que tem algo a ver com hereditariedade, o caráter e a formação moral das pessoas. Mas ele é bonzinho. Problema é que o povo é que nem as manicures de Itabaiana: tem a língua quase do tamanho de um trem daqueles bem grande, da Great Western Railway of Brazil, de que fala o Poeta Quirino. Tudo isso, essa malandragem, esse jogo de cintura, tudo, tudim, ele aprendeu na casa da mãe. E daí? Quê que vocês têm a ver com a vida e a mansão do cabra. Saibam que chocolate sempre foi um produto que vende muito o ano todo e que o lucro é quase o mesmo de uma ‘lavanderia’, por exemplo. Aliás, sobre a mansão, nem é essas 'mansão' toda: dizem que as paredes são cheias de rachadinhas, frágeis como se de chocolate fossem. Ele, como mais velho, é exemplo pros outros irmãos, que seguem a mesma cartilha. Um outro, deixou a câmara, onde era deputado, e foi viver na Disneylândia, a lamber botas de um galego que por lá mora. Um Pateta. Não lembram as 700.000 vidas sumidas na COVID por falta de vacina, quando o chefe ria e se divertia imitando quem estava sem fôlego. Aliás, ele não era coveiro. Familiazinha unida e criativa. Só não se entenderam muito na hora de decidir onde usar a máscara, se no rosto ou ... bem, deixa pra lá. Da madrasta eu nem falo. Que fale a Polícia e seu maquiador. E esse tal de Chico Buarque, que eles tanto abominam, sabe nada. Vive, pra cima e pra baixo dizendo que essa gripezinha VAI PASSAR. Azar deles, o AMANHÃ SERÁ OUTRO DIA e o amanhã já é hoje. Pra completar, só falta agora arranjar o motorista: o mano fujão já contratou o jipe, o soldado e o cabo. Acho que o Queirós sabe dirigir. O Malafaia deve ter carteira de motorista. Talvez o maquiador da madrasta também tenha. Ou ela própria, que vive a desfilar, com jóias árabes a adornar-lhe o pescoço ... Te cuida, Alexandre! Cuidado, meu povo, que inveja mata. E se ela não matar por conta própria vem as 'miliça' e bota no teu furico, sem dó ou piedade. Vide o exemplo de Marielle. Vôte! Vade retro, Senador! O choro é livre, da Papuda ao Balneário de Camboriú, passando pelos States e pelo Rio de Janeiro. Tá Okei?



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Poemita - Natal Matuto

Que o natal seja grandioso
Com Jesus a circular
Muitas luzes a brilhar
Futuro mais que frondoso
Um ano novo mimoso
Como o riso de criança
Noite serena e mansa
Alegria no porvir
Que o bem nos faça seguir
No caminho da esperança

Nos galhos perto do chão
Vou pendurar mil carinhos
Pra iluminar os caminhos
Do povo do meu sertão
Acima, ao alcance da mão
Mais um verso especial
Sem nada artificial
Ao lixo, a hipocrisia
Que as luzes da poesia
Acendam o nosso Natal


*Xico Bizerra, é compositor, poeta e escritor.



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NR - Os textos assinados expressam a opinião dos seus autores.




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É Findi - Pra que a pressa? - Crônica, por AJ Fontes*

20/12/2025

Não nos bastou sentir a passagem do sol, a chegada da lua o sopro frio ou morno da brisa no rosto, dormir e acordar. Marcar esses intervalos, aos quais nos aconchegamos e nos deixávamos levar, era pouco. Uma volúpia inventiva nos arrebatou e na busca por novas formas e maneiras de viver fracionamos, multiplicamos e batizamos: tempo.

Olhando desse ponto percebo que nos envolvemos tanto com ele, ou com sua marcação, que não conseguimos nos apartar. Antes de marcar o tempo com tanta exatidão, a vida era mais fácil ou não, ou não havia tempo antes da criação por Deus, como diz Santo Agostinho?

Aliás, o Santo, que escreveu bastante sobre o tempo, principalmente em um dos livros de suas “Confissões”, dizia saber o que é o tempo se ninguém perguntava, mas já não sabia se queria explicar a quem perguntasse.

Nesse passado que já não existe, chamado por ele de memória, analisado no presente por mim e que será passado na próxima letra teclada e chamado...

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Não nos bastou sentir a passagem do sol, a chegada da lua o sopro frio ou morno da brisa no rosto, dormir e acordar. Marcar esses intervalos, aos quais nos aconchegamos e nos deixávamos levar, era pouco. Uma volúpia inventiva nos arrebatou e na busca por novas formas e maneiras de viver fracionamos, multiplicamos e batizamos: tempo.

Olhando desse ponto percebo que nos envolvemos tanto com ele, ou com sua marcação, que não conseguimos nos apartar. Antes de marcar o tempo com tanta exatidão, a vida era mais fácil ou não, ou não havia tempo antes da criação por Deus, como diz Santo Agostinho?

Aliás, o Santo, que escreveu bastante sobre o tempo, principalmente em um dos livros de suas “Confissões”, dizia saber o que é o tempo se ninguém perguntava, mas já não sabia se queria explicar a quem perguntasse.

Nesse passado que já não existe, chamado por ele de memória, analisado no presente por mim e que será passado na próxima letra teclada e chamado de atenção, ignorava e não tinha a expectativa de assistir o filme Interestelar criado pelos irmãos Nolan, no futuro que agora é presente ou passado.

O filme retira o tempo da distensão da alma e o coloca no colo de cada observador, portanto, relativo. Isso me lembra o dito: cada cabeça é um mundo. Ao menos um mesmo mundo visto diferente por cada um de nós. Na película e nos escritos do Santo ocorre uma convergência. O amor transpassa o tempo. Para um ele guia a alma e para o outro as decisões, guardada a licença poética na obra cinematográfica.

Alma e razão, coração e cérebro. Seriam caminhos destintos com um mesmo destino? Exercitando a imaginação daria para aproximar os dois pontos de partida quando alguém observa a necessidade de um terceiro ou de terceiros, sente que precisa ajudar, monta uma estratégia e executa tarefas para alcançar esse intento. Parece que o coração está na cabeça, ou o contrário. Diz a escritura, creditada pelo Agostinho, que Deus é amor, portanto é razão. Pelo visto, digo que estão em um mesmo arrumado e caminham no mesmo passo.

Têm todo o tempo do mundo.


*AJ Fontes, contista e cronista, engenheiro aposentado, e eterno estudante na arte da escrita, publicou o livro de contos: ‘Mantas e Lençóis’.



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É Findi – Avenida Rui Barbosa - por Carlos Bezerra Cavalcanti*

20/12/2025

Em 1802, quando o seu primeiro lanço começou a ser construído, chamava-se Estrada Real de São José do Manguinho.

Seguindo o itineráro da Maxambomba

O trecho que seguia em linha reta em frente à Ponte d’Uchoa, na bifurcação dos ramais de Parnamirim e Santana, era um simples caminho, aberto em 1866, para o trânsito da Estrada de Ferro de Apipucos.

Trocando nomes históricos

O intelectual baiano Rui Barbosa já foi homenageado em quase todas as cidades do Brasil e deve ser também no Recife, porém, não vemos necessidade de se “apagar” tanto tradicionalismo e história local por alguém que pouco ou nada fez pela capital pernambucana.

Cronologia do Logradouro

Parte da atual Avenida Rui Barbosa era chamada de Estrada de Ponte d’Uchoa, que iniciava na cabeceira leste da antiga Ponte da Torre, ou Ponte de André, como era conhecida essa ponte, que ruiu na passagem de uma boiada em 1891. Es...

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Em 1802, quando o seu primeiro lanço começou a ser construído, chamava-se Estrada Real de São José do Manguinho.

Seguindo o itineráro da Maxambomba

O trecho que seguia em linha reta em frente à Ponte d’Uchoa, na bifurcação dos ramais de Parnamirim e Santana, era um simples caminho, aberto em 1866, para o trânsito da Estrada de Ferro de Apipucos.

Trocando nomes históricos

O intelectual baiano Rui Barbosa já foi homenageado em quase todas as cidades do Brasil e deve ser também no Recife, porém, não vemos necessidade de se “apagar” tanto tradicionalismo e história local por alguém que pouco ou nada fez pela capital pernambucana.

Cronologia do Logradouro

Parte da atual Avenida Rui Barbosa era chamada de Estrada de Ponte d’Uchoa, que iniciava na cabeceira leste da antiga Ponte da Torre, ou Ponte de André, como era conhecida essa ponte, que ruiu na passagem de uma boiada em 1891. Estendia-se até o Sítio da Capela Nossa Senhora da Conceição da Jaqueira, “Nessa localidade estavam situadas várias das luxuosas casas recifenses do século XVIII. O atual prédio do Museu do Estado, o antigo solar do Barão de Beberibe, era uma delas. Adiante, no sentido da Jaqueira, localizava-se, ao lado esquerdo, o palacete construído em meados do século 19 pelo comerciante Inglês Henry Gilson, que nele morou por pouco tempo. A Ponte d’Uchoa era, pois, um dos arrabaldes preferidos por aristocratas, como o Visconde de Bom Conselho e por estrangeiros enriquecidos no comércio.” O nome “Ponte d’Uchoa” se deve ao segundo proprietário do Engenho da Torre, Antônio Borges Uchoa, que construiu uma ponte no local.


*Carlos Bezerra Cavalcanti, Presidente Emérito da Academia Recifense de Letras



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É Findi - Mais um Natal - Poema - Por, Malude Maciel*

20/12/2025

Outro Natal vem
E a gente vai
Passando, passando
Pensando no passado
Nos outros Natais que já passaram.

Época bem-vinda
E o Natal se ufana
Jesus chega como criancinha indefesa
Mas, pode ter certeza
Com um poder enorme
Iluminando a consciência humana

Cada pessoa olha
Para dentro de si mesma
Encontrando um coração
Sujeito a reformas

Algo a fazer
A modificar
A melhorar
Uma luz a acender
Para brilhar

Porque outro Natal virá
E será sempre assim
Mas, no próximo não é certo
Que estaremos por aqui

Aproveitar bem esse momento
Presentear algo sobrenatural
Força eterna, além do pensamento
Fazendo deste o melhor Natal.


*Malude Maciel, Academia Caruaruense de Cultura, Ciências e Letras, ACACCIL, cadeira 15 pertencente à prof...

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Outro Natal vem
E a gente vai
Passando, passando
Pensando no passado
Nos outros Natais que já passaram.

Época bem-vinda
E o Natal se ufana
Jesus chega como criancinha indefesa
Mas, pode ter certeza
Com um poder enorme
Iluminando a consciência humana

Cada pessoa olha
Para dentro de si mesma
Encontrando um coração
Sujeito a reformas

Algo a fazer
A modificar
A melhorar
Uma luz a acender
Para brilhar

Porque outro Natal virá
E será sempre assim
Mas, no próximo não é certo
Que estaremos por aqui

Aproveitar bem esse momento
Presentear algo sobrenatural
Força eterna, além do pensamento
Fazendo deste o melhor Natal.


*Malude Maciel, Academia Caruaruense de Cultura, Ciências e Letras, ACACCIL, cadeira 15 pertencente à professora Sinhazina.



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É Findi – Então é Natal... - Crônica, por Aderson Simões*

20/12/2025

Nas lojas e rádios se ouve a voz empostada de Simone alardeando os bons sentimentos do povo. Será que nessa época as pessoas se tornam melhores e mais humanas? Tenho dúvida. Talvez o aumento da falsidade seja maior do que da bondade. O Natal é época de visitas aos pais, idosos e esquecidos, principalmente se eles prepararem uma ceia natalina com artigos proibitivos em seu dia a dia. É época de se fazer promessas vãs: no próximo ano entro numa academia, vou perder peso e ficar em forma. Época de dar uma boa gorjeta para a caixinha dos funcionários do condomínio, esquecendo que durante todo o ano tenhamos os tratado com indiferença e no máximo resmungando protocolares “Bons Dias”.

A parte boa é que no mínimo o clima é propício a uma reflexão sobre quem somos, como somos e o que poderíamos fazer para melhorar o mundo, a partir de uma mudança individual. Será que deixamos a política envenenar nossos relacionamentos familiares e entre amigos? Será que a pergunta como você es...

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Nas lojas e rádios se ouve a voz empostada de Simone alardeando os bons sentimentos do povo. Será que nessa época as pessoas se tornam melhores e mais humanas? Tenho dúvida. Talvez o aumento da falsidade seja maior do que da bondade. O Natal é época de visitas aos pais, idosos e esquecidos, principalmente se eles prepararem uma ceia natalina com artigos proibitivos em seu dia a dia. É época de se fazer promessas vãs: no próximo ano entro numa academia, vou perder peso e ficar em forma. Época de dar uma boa gorjeta para a caixinha dos funcionários do condomínio, esquecendo que durante todo o ano tenhamos os tratado com indiferença e no máximo resmungando protocolares “Bons Dias”.

A parte boa é que no mínimo o clima é propício a uma reflexão sobre quem somos, como somos e o que poderíamos fazer para melhorar o mundo, a partir de uma mudança individual. Será que deixamos a política envenenar nossos relacionamentos familiares e entre amigos? Será que a pergunta como você está seja meramente retórica ou será se realmente nos preocupamos com o próximo?

Então, que este período entre Natal e Ano Novo seja aproveitado para uma real transformação em nossos corações. Veremos que os efeitos dessa mudança são imediatos. A hora é essa, o start deve ser dado. Que o sorriso sufoque a sisudez. Que o amor se sobreponha à indiferença e que efetivamente usemos um trecho da oração de São Francisco que diz: “Pois é dando que se recebe e é perdoando que se é perdoado”.

Feliz Natal e Boas Reflexões!


*Aderson Simões, professor aposentado, ator e escritor.



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