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Múcio não brinca em serviço: saiba porque coronel que insultou Lula e seus apoiadores tiveram que engolir demissão

28/11/2024 - Jornal O Poder

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Pelo menos por hora, um civil mostra como funciona a hierarquia militar. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro não titubeou em punir com rigor o coronel do exército que exercia um cargo relevante no Ministério. Líder ou querendo se destacar entre os oficiais que ainda jogam contra o atual governo, o coronel da reserva Anderson Freire Barboza recebeu um sumário bilhete azul.
A atitude de Anderson demonstra que as ilhas de insatisfação nas Forças Armadas, particularmente no exército, persistem. E como a Paraná Pesquisas demonstrou ontem, contam com apoio ou ao menos simpatia de grande parte da sociedade. O sentimento de frustração e insatisfação persiste em setores militares. Muitos, principalmente da reserva, não têm acanhamento em espalhar nas redes sociais posts contra os três poderes. O principal alvo é o "ditador de toga", Alexandre de Morais. Múcio, de perfil conciliador, é um algodão entre os cristais. Homem certo, no lugar certo, na hora certa, não transige com a quebra da hierarquia.




A notícia de ontem

O Ministério da Defesa decidiu exonerar o coronel da reserva Anderson Freire Barboza do cargo de diretor do Curso de Gestão de Recursos de Defesa da Escola Superior de Guerra (ESG) após a divulgação de mensagens em que ele questionava a validade do resultado das eleições de 2022 e a atuação da Polícia Federal (PF) virem à tona. A oficialização da demissão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de ontem, quarta-feira (27/11).

A causa

O militar postou em um grupo de WhatsApp que as eleições de 2022 "foram roubadas", chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de "ladrão" e colocou em dúvida a investigação da PF sobre uma suposta trama de golpe.

Roubo

"As pessoas estão esquecendo. As eleições foram roubadas sob a liderança de Alexandre de Moraes. Desde a soltura do ladrão até todos os atos perpetrados em favor de Lula na corrida eleitoral"– escreveu o oficial.

Compartilhamento

A mensagem foi compartilhada na noite da última quinta (21), em um grupo com centenas de integrantes, incluindo professores e ex-alunos da ESG, instituição subordinada ao Ministério da Defesa, liderado pelo ministro José Múcio, chefe da pasta militar. A informação foi divulgada pela Folha de S.Paulo.


Fui eu

O coronel confirmou a autoria da publicação, classificando-a como um desabafo. "Foi um desabafo, porque os militares que conheço entre os 37 citados são profissionais extremamente competentes, o que naturalmente gera um sentimento de tristeza" declarou.

Indiciamento

A PF indiciou, no mesmo dia, 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Na lista, constam os nomes de de Jair Bolsonaro (PL), dos generais Augusto Heleno (ex-chefe do GSI), Braga Netto (ex-ministro da Defesa e vice de Bolsonaro na chapa de 2022), Paulo Sérgio Nogueira (ex-comandante do Exército) e Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira (ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército).


E mais

Também constam na lista o ex-comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Aberto

O documento enviado pela PF ao STF teve o sigilo retirado por Moraes anteontem, terça-feira, 26/11.

(O Poder, com informações da Folha de São Paulo, Ministério da Defesa, blog do Elias Hacker e DO da União).

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