No século XIX, ao contrário de hoje, os rios Capibaribe e Beberibe estavam repletos de barcos e canoas, o transporte fluvial era o mais usado. O que mudou? A falta de visão dos administradores a começar pela altura do vão das pontes do centro da cidade, e a vulgarização do transporte rodoviário, por influência da indústria automobilística.

POTENCIAL AQUÁTICO

No entanto, numa das poucas iniciativas de se corrigir esse erro histórico, em 1970, a CTU (Companhia de Transportes Urbanos) adquiriu na Holanda uma embarcação a motor com capacidade para oitenta e seis pessoas, destinada ao transporte de passageiros no Capibaribe. A embarcação tipo “Amsterdã”, tinha dezesseis metros de comprimento por quatro de largura. O barco seria o primeiro de uma série de outros a serem adquiridos pela CTU no referido país, dentro do programa destinado a facilitar o transporte de passageiros aos diferentes pontos da cidade. Mas o Recife perdeu a oportunidade de se firmar como a verdadeira Veneza Americana, assim, ela segue com o trânsito engarrafado e o rio cheio de garrafas.

* Historiador. Do IAHGPE