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Especial - O Globo de Ouro de Fernanda Torres e Almery Steves, por Roberto Vieira *

06/01/2025 -

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A atriz brasileira Fernanda Torres acaba de receber o Globo de Ouro nos EUA como melhor atriz dramática pelo filme 'Ainda estou aqui'. Recebendo o prêmio negado a sua mãe tempos atrás, Fernanda dedicou a honraria a ela, mas os olhos pernambucanos também podem dedicar este momento a outra atriz: Almery Steves.

Almery

Almery tinha 20 anos quando filmou o memorável 'Aitaré da Praia'. Ficção do cinema mudo, gravado nas praias da região metropolitana de Recife, o filme é uma prova de que nosso cinema não era mera repetição do cinema norte-americano. Maria Esteves Torreão era a grande estrela do filme. Maria cujo nome artístico era Almery Steves.




Preconceito

Almery contracena na película com seu marido e também diretor do filme, Ary Severo. Ary foi um dos responsáveis pelo Ciclo do Recife, a era de ouro do cinema local, período que se estende entre 1923 e 1931. Nunca é demais recordar o preconceito social contra as mulheres no cinema e nas artes, em geral, no mundo. Preconceito que continuaria forte no Brasil até os dias de Norma Benguel e Leila Diniz. Atriz era quase sinônimo de mulher da vida, para usar um termo dos tempos da Aurora Filmes, empresa criada por Ary Severo.

Spencer

Fernando Spencer nasceu dois anos depois do lançamento de Aitaré. Logo cedo, Spencer foi tocado pela paixão ao cinema e se tornou editor da sétima arte nas páginas do Diario de Pernambuco, seguindo a trilha iniciada por Evaldo Coutinho e Nehemias Gueiros, trilha depois seguida por José de Souza Alencar, o Alex. Eram tempos em o cinema fazia a cabeça dos pernambucanos e do mundo. Tempos do inesquecível Jota Soares.

Oscar

Não se sabe se o Oscar goes to Fernanda Torres. Em termos de filme, ganhamos e não ganhamos com 'Orfeu Negro', sonhamos com 'O pagador de promessas' e 'Central do Brasil', ficamos contentes com beijos da mulher aranha. Cem anos depois de Aitaré estrear nas telas com Almery, seria muito simbólica a vitória também no Oscar para Fernanda. Um prêmio para tantos pernambucanos que sonharam no escurinho do Moderno, do Parque, Glória, Pathé, Helvética. Um prêmio também para aquela menina chamada Almery.

*Roberto Vieira é médico e cronista. Escreve a seção Gol de Letra nas segundas-feiras no Jornal O Poder e ficou imaginando Fernanda no papel de Almery.



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