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Gol de Letra - Coluna Semanal - O 6 e o 8 de janeiro, cada democracia enfrenta os desaforos que aguenta, por Roberto Vieira*

06/01/2025 -

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A multidão ataca o Capitólio. É o dia 6 de janeiro de 2021 e o presidente Trump assiste a tudo de cima do muro de quem perdeu a eleição para Joe Biden. Não são tropas estrangeiras atacando o Capitólio, mas norte-americanos se declarando patriotas. O ataque termina com cinco mortos, mil e cem pessoas formalmente indiciadas e a sensação de que a carreira política de Trump foi pro espaço.




8 de janeiro

Era um domingo, quando a multidão invadiu a Praça dos Três Poderes. Ninguém morreu, mas as imagens do quebra quebra invadiram as casas de todo o país e as redes sociais. Desde a eleição do presidente Lula, os quartéis brasileiros estavam cercados por bolsonaristas inconformados com o resultado das urnas. Aquele 8 de janeiro foi o nosso 6 de janeiro. Nunca antes na história desse país acontecera semelhante barbárie. Será?

Capitólio

Muitos jornalistas proclamaram que o 6 de janeiro foi o primeiro ataque ao Capitólio. Pura fake news. O primeiro atentado ao Capitólio ocorreu em 1915, quando um professor alemão explodiu uma bomba no Senado. Quatro décadas depois, foi a vez dos porta-riquenhos mandarem bala nos congressistas. Em 1971, teve bomba contra a presença norte-americana no Laos, em 83 foi contra a invasão de Granada, sem contar o avião de Bin Laden derrubado antes de derrubar o Capitólio.




Brasília

Muitos também correram proclamando o ineditismo do 8 de janeiro, provavelmente sob amnésia do ataque dos sargentos à capital federal em 1961 ou do ataque do Movimento dos Sem Terra em 2003 quando dezenas de funcionários do Congresso foram selvagemente espancados e um deles ficou vários dias em coma. Quatrocentos manifestantes foram presos e todos foram soltos por interferência presidencial, trocando em miúdos, do presidente Lula. Entre os presos estava o pernambucano Bruno Maranhão, um dos líderes da operação.



Anistia

Como todos sabem, Donald Trump voltou a presidência e os envolvidos no 6 de janeiro devem ser soltos no dia da posse. Já no Brasil, o destino dos presos do 8 de janeiro deve ser mesmo o xilindró, sendo ou não autistas. Apenas o improvável retorno de Bolsonaro ao poder seria capaz de livrar os detidos das mãos do juiz Alexandre de Moraes. Como Lula não é Biden, Moraes não é Gorsuch, nem Jair é Donald, podem esquecer da anista. O Brasil é um país sério. Os Estados Unidos? Uma República das Bananas. Certo?

*Roberto Vieira é médico e cronista. Escreve a seção Gol de Letra nas segundas-feiras no Jornal O Poder e profetiza que um grande líder mundial vai dançar em 2025.
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