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Sua saúde - os Picos de Glicemia perigo silencioso que sao podem comprometer o seu cérebro

17/01/2025 -

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Este artigo foi elaborado com ajuda do 'Amigo Intelligence'” por Gustavo Carvalho.

Nos últimos anos, muito se comentou sobre o efeito da glicemia elevada em pessoas com diabetes. Porém, uma pesquisa recente, divulgada em outubro na revista Neurobiology of Aging pela equipe do Baycrest Academy for Research and Education (BARE), no Canadá, mostra que níveis altos de açúcar no sangue podem prejudicar o cérebro até mesmo em quem não tem diabetes. É um alerta importante: manter o controle da glicemia ajuda a proteger não só o metabolismo, mas também a saúde mental e emocional.

O Estudo do BARE

Quando a Hiperglicemia Afeta Até Quem Não Tem Diabetes
Coordenado pela pesquisadora Jean Chen, o estudo analisou 146 adultos saudáveis com 18 anos ou mais. Eles foram submetidos a:

Medições de glicemia

-Ressonância magnética funcional, para avaliar como regiões do cérebro se comunicam.

-Eletrocardiograma (ECG), medindo a variabilidade da frequência cardíaca (HRV).




Resultados em Destaque

1. Altos níveis de glicose se ligaram a menor conectividade em áreas do cérebro responsáveis por cognição, memória, atenção e controle emocional.


2. Idade e sexo fizeram diferença: pessoas mais velhas sofriam mais impacto, e em mulheres esse efeito negativo foi ainda maior.

3. Baixa variabilidade da frequência cardíaca (HRV) também apareceu junto de níveis elevados de glicemia, sugerindo que o problema pode afetar o sistema cardiovascular.





Perigo

De acordo com Chen, mesmo sem diagnóstico de diabetes, algumas pessoas já podem ter um nível de glicemia capaz de prejudicar o cérebro.

Por Que Isso Importa?

Antes, já se sabia que diabéticos tipo 2 tinham um envelhecimento cerebral mais rápido (cerca de 26% maior do que em não-diabéticos). Agora, os cientistas entendem que esse prejuízo pode começar antes do pré-diabetes ou do próprio diabetes serem identificados.

Além disso, vale lembrar que a glicemia elevada;

-Deteriora vasos sanguíneos: aumentando o risco de problemas cardíacos, renais e visuais.

-Afeta a resposta ao estresse: pois a baixa HRV revela menor capacidade de adaptação do corpo no dia a dia.

Como Prevenir ou Reduzir o Risco?

A boa notícia é que, ao contrário do diabetes tipo 1 (autoimune), o diabetes tipo 2 e o pré-diabetes podem ser prevenidos ou controlados com mudanças de hábitos e, se necessário, remédios. Dessa forma, diminui-se ou até mesmo evita-se o efeito da hiperglicemia sobre o cérebro.

1. Alimentação Saudável

Inclua frutas, legumes, verduras e proteínas magras. Reduza açúcar refinado e produtos ultraprocessados.

2. Exercícios Físicos Regulares

Caminhadas, corridas leves e ciclismo melhoram a sensibilidade à insulina. Treinos de força (musculação) ajudam a aumentar massa muscular, melhorando o controle da glicemia.

3. Acompanhamento Médico Periódico

Cheque regularmente sua glicemia de jejum, hemoglobina glicada (HbA1c) e insulina. Monitore também pressão arterial, colesterol e função dos rins.

4. Controle de Fatores de Risco

Trate problemas como hipertensão, excesso de peso e alterações de colesterol. Evite o sedentarismo e busque manejar o estresse de forma eficaz.

5. Foco na Saúde Mental

Técnicas como meditação, yoga e “mindfulness” aumentam a HRV e podem ajudar no controle do açúcar no sangue.





O Papel da Variabilidade da Frequência Cardíaca (HRV)

A HRV mede a variação entre os batimentos do coração. Um nível alto de HRV indica melhor capacidade de resposta ao estresse, enquanto uma HRV baixa mostra menor resiliência e maior probabilidade de doenças.

Relação com a glicemia: O estudo do BARE aponta que a hiperglicemia pode reduzir a HRV, impactando também a saúde geral e o desempenho do cérebro.

Perspectivas futuras

Pesquisas atuais investigam se atividades que melhoram a HRV (exercícios e práticas de relaxamento) podem proteger ou até reverter problemas cognitivos ligados à glicemia alta.

Conclusão

Controlar a glicemia não deve ser preocupação só de quem já tem diabetes. A pesquisa do Baycrest Academy for Research and Education (BARE) em adultos saudáveis mostra como manter o açúcar no sangue em equilíbrio é essencial para evitar danos “invisíveis” ao cérebro. Comer bem, praticar exercícios e acompanhar a saúde regularmente são maneiras eficazes de proteger sua mente e seu coração.

Finalmente

Manter-se informado e cultivar hábitos saudáveis são passos decisivos para viver bem e cuidar de todas as funções do corpo, inclusive as cerebrais.

*Gustavo Carvalho, MD, MBA, MSc PhD, é Cirurgião Geral, Professor Adjunto de Cirurgia Geral da UPE, Pós-Graduado em Cirurgia Digestiva pela Universidade Keio no Japão e Consultor de Inteligência Artificial da Amigo Tech.
Instagram: doutorgustavocarvalho
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