
Izaías Régis rebate críticas de Waldemar Borges sobre educação no governo Raquel
24/01/2025 -
O deputado Izaías Régis (PSDB) líder do Governo na Assembleia Legislativa de Pernambuco, refuta as declarações feitas pelo deputado Waldemar Borges (PSB), e considera que a crítica à gestão educacional do Governo Raquel Lyra ignora os avanços concretos alcançados em pouco mais de dois anos de administração.
Êxitos
“Pernambuco tem muito a celebrar na Educação. Pela primeira vez na história, superamos a taxa nacional de alfabetização, com 59% das nossas crianças alfabetizadas na idade certa – um índice que mais que dobrou em relação a 2021. Além disso, o estado ultrapassou a meta estabelecida pelo MEC e já alcançou a projeção esperada apenas para 2025",
afirmou Izaías. E prosseguiu:
"Nosso desempenho no IDEB também é motivo de orgulho: Pernambuco lidera o ranking entre os estados do Norte e Nordeste no Ensino Médio e está acima da média nacional, com notas expressivas em todas as etapas de ensino. Este trabalho é resultado de políticas públicas estruturantes, como o Programa Juntos pela Educação, que prevê o maior investimento da história da rede pública de ensino do estado, totalizando R$ 5,5 bilhões até 2026".
Ampliação
O líder considera importante lembrar que
Já foram criadas 60 mil vagas para creches e pré-escolas, entregues 1.200 ônibus escolares e ampliadas 15 mil vagas no ensino fundamental em tempo integral. "Recebemos, ainda, reconhecimentos do MEC, como o Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização e o Selo de Educação para Relações Étnico-Raciais, reforçando nosso compromisso com uma educação de qualidade, inclusiva e transformadora", falou.
Não compromete
A transição na Secretaria de Educação não compromete os avanços nem a continuidade das ações estratégicas. A governadora Raquel Lyra tem tomado decisões responsáveis, sempre pautadas pelo interesse público, garantindo que os resultados continuem a transformar a vida dos pernambucanos. Esse é o argumento de Izaías. "O Governo de Pernambuco segue trabalhando incansavelmente para assegurar que cada criança e jovem do estado tenha acesso a uma educação de excelência. Por isso, não é justo atribuir a essa gestão qualquer falta de competência, quando os números e os resultados falam por si”, complementa.
O que disse Borges
O deputado Waldemar Borges ( PSB) pediu a exoneração do secretário interino Gilson José Monteiro Filho, denunciando o que chamou de “desmantelo completo” na condução da pasta. O parlamentar, que preside a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa (Alepe), apontou problemas graves, como a dispensa emergencial para merenda escolar em 135 escolas e o adiamento de uma licitação de R$ 58 milhões para kits escolares. Segundo ele,
a Educação, um dos pilares mais sensíveis da gestão pública, está visivelmente fragilizada em Pernambuco. A saída repentina do ex-secretário Alexandre Schneider, após apenas seis meses no cargo, é um sintoma dessa instabilidade. A suposta interferência de Gilson Filho – ligado à governadora Raquel Lyra (PSDB) desde a gestão dela em Caruaru – teria sido um dos fatores decisivos para a demissão de Schneider.
Não esclareceu
Na sua nota de despedida, Schneider fez questão de destacar “valores pessoais e profissionais inegociáveis”, sugerindo divergências éticas ou administrativas dentro da secretaria. O fato de ele admitir que “não cuidava” da merenda escolar em sua gestão levanta uma questão perturbadora: quem, de fato, estava no comando das decisões cruciais? A resposta, segundo Borges, pode recair sobre o interino Gilson Filho, descrito como protagonista de um “caos administrativo”.
Agrava
A proximidade do início do ano letivo agrava a gravidade da situação, segundo Waldemar Borges. A ausência de uma liderança competente e a continuidade de problemas administrativos colocam em risco a educação de milhares de estudantes. Borges fez um alerta direto: “A poucos dias da volta às aulas, não há substituição à vista. Quem está interinamente também não pode continuar”.
Cobrança
Waldemar Borges diz que o Governo do Estado precisa responder com urgência a essas críticas e apresentar soluções claras. A Educação não pode ser refém de disputas internas ou má gestão. A dispensa emergencial para merenda e o atraso em licitações fundamentais indicam não apenas falta de planejamento, mas também descaso com as necessidades básicas das escolas.
Um Apelo por Responsabilidade
A governadora Raquel Lyra e sua equipe precisam entender que a educação pública é mais do que uma prioridade: é um compromisso moral e ético com o futuro do estado. Permitir que episódios “constrangedores e mal explicados” se acumulem compromete não apenas o ensino, mas também a confiança da população.