
Economia - Copom deve elevar Selic em 1 ponto na reunião desta quarta-feira
29/01/2025 -
Pressionado pela alta do dólar e do preço dos alimentos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide hoje, quarta-feira (29/01) em quanto elevará a taxa básica de juros, a Selic. A reunião é a primeira sob o novo comando do presidente do BC, Gabriel Galípolo.
Quarta elevação
Essa será a quarta elevação consecutiva da Selic. Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve subir 1 ponto percentual nesta reunião, de 12,25% para 13,25% ao ano.
Comunicado
No comunicado da última reunião, em dezembro, o Copom informou que elevaria os juros básicos em 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e de março. Segundo o comitê, o agravamento das incertezas externas e os ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo no fim do ano passado justificam o aumento dos juros básicos no início de 2025.
Anunciará
Nesta quarta-feira (29), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.
O encontro
O encontro do colegiado iniciado na terça-feira (28/01) marca também a primeira decisão de juros de Gabriel Galípolo como o mais novo presidente do Banco Central (BC).
Adiou
Em sua última reunião, em dezembro de 2024, o Copom adiantou que voltaria a elevar a Selic em um ponto percentual agora em janeiro. O mercado aposta que os diretores do BC vão cumprir com seu guidance.
Quarta vez
Caso se confirme, será a quarta vez seguida que o colegiado eleva o ritmo de aperto dos juros.
A taxa iniciou o ano de 2024 caindo de 11,75% em janeiro para 10,5% ao ano em maio. Após isso, se manteve na mesma faixa até setembro, quando voltaram novamente as altas na Selic. O avanço foi mantido em todas as reuniões desde então.
Apontou
Para 2025, o boletim Focus divulgado na segunda-feira (27) apontou que os juros devem terminar em 15%, mesma previsão das últimas três semanas.
