O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, concedeu entrevista exclusiva ao repórter Alberes Xavier e falou sobre o projeto que prevê anistia total e ampla para todos os envolvidos nos atos de depredação contra as sedes do Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF) ocorridos em 8 de janeiro de 2023.

Prioridade

O projeto é tido como uma prioridade para o Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, que seria, em tese, beneficiado politicamente com a aprovação da anistia.

Separar as coisas

“Cada caso é um caso. Aqueles que foram meros coadjuvantes deveriam ter tido penas mais amenas, que aqueles que são os verdadeiros culpados. Uns deveriam sim ser responsabilizados outros não, outros foram na onda”, disse o ministro.

Proposta para o governo

José Múcio Monteiro lamentou ainda que o Governo Lula não tenha capitaneado um projeto de anistia e finalizou: “Eu não tenho a menor dúvida de que o congresso irá priorizar essa pauta agora em 2025”.

A anistia

É uma tradição brasileira, que vem dos tempos coloniais e chegou ao século XX. A última, de grande repercussão, ocorreu em 1979, quando o então presidente Figueiredo anistiou, sem restrições, os adversários do regime militar. A expectativa é que, agora, com popularidade em baixa, o presidente Lula entenda que é melhor e mais fácil administrar um país pacificado do que enfrentar arestas adicionais todos os dias.