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Palestra de Biu Vicente sobre folguedos carnavalescos encanta Academia de Letras

25/02/2025 -

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Um olhar sobre as brincadeiras do Carnaval de Pernambuco. A Academia Pernambucana de Letras (APL), realizou ontem à tarde, 24/02, palestra com o professor doutor Severino Vicente da Silva (Biu Vicente) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A sessão foi presidida pelo professor Lourival de Holanda.

O tema

No evento, o professor Biu Vicente abordou com profundidade, leveza e brilhantismo o tema “O Carnaval de Pernambuco: um olhar sobre as brincadeiras da Mata Norte”.

Moldura histórica

Na abertura, o professor fez ampla explanação sobre a evolução histórica de Pernambuco, "visando situar as manifestações culturais no tempo e no espaço".

A pesquisa

O professor Biu Vicente pesquisou o tema, durante perto de 15 anos. Não apenas na teoria. Também frequentando todos os fins de semana - e às vezes, durante os dias da semana - ambientes culturais seletos na região. Tornou-se amigo de alguns dos principais 'mestres' de diversas brincadeiras. Maracatu, Coco, Ciranda, Cavalo Marinho, Caboclinhos, Negrinhas de Goiana, Pastoril, e por aí vai. Fez um mergulho teórico e prático. O resultado é espetacular.





Nova abordagem

Biu Vicente, nascido na Zona da Mata Norte e criado em Nova Descoberta, no Recife, tem plena convicção de que as manifestações que marcam o carnaval de Pernambuco nasceram após a abolição da escravatura e a República. "Com exceção do maracatu urbano (de baque virado) que existia desde a época colonial, todas as outras manifestações são filhas da abolição e da República", registrou.

O século XX

Foi o berço de diversas 'brincadeiras' que surgiram após a abolição e a República, incorporando memórias ancestrais e heranças das culturas fundamentais do Brasil.

Maracatus

O professor explicou as diferenças entre os maracatus urbanos e rurais. Esses são marcados pelo caboclo de lança, que são verdadeiros guerreiros que ' não brincam em serviço'. Ganharam reis e rainhas, que não faziam parte do seu ritual, no tempo de Mário Melo. Como funcionário do governo, decretou que sem rei nem rainha os maracatus não teriam ajuda pública. Um exemplo nocivo de interferência governamental no mundo da cultura raiz.





E a flor na boca do caboclo de lança?

Biu Vicente deu alguns exemplos da interação entre a cultura popular e a cultura formal. Certa vez, um jornalista entrevistando o líder de caboclinhos de Olinda perguntou o nome do grupo.
"Tem nome não", disse o líder. Pois vai ter. Vou escrever Tabajaras. E assim ficou até hoje. Gerou até nome de bairro, ' Cidade Tabajara', em Olinda. Outro exemplo curioso: carta vez, um jornalista perguntou ao líder de um grupo de caboclos, qual o segredo da flor atravessada na boca. "Se eu disser, deixa de ser segredo", respondeu o mestre.

Muito mais

Foi dito e compartilhado. O Poder aguarda artigo do professor Biu Vicente sintetizando a inesquecível palestra.



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