
Pernambuco Imortal - No dia da Data Magna debato o tema na CBN, 11H, por José Nivaldo Junior*
05/03/2025 -
Amanhã, quinta-feira, 06/03, é o feriado da Data Magna pernambucana. A CBN, 105,7FM, promove debate às 11h. Tema: Pernambuco Imortal. Debatedores: o professor-doutor Biu Vicente. O historiador Silvio Amorim. E eu. Mediação de Wagner Gomes.
Pernambuco Independente
Uma idéia estranha, nos dias de hoje. Mas, passeando pela rica história do Estado, aconteceu algumas vezes. Ou esteve prestes a acontecer. Inclusive porque, se há um ponto em comum entre todos os movimentos, principalmente em 1817 e 1824, foi a generosidade. Ou seja, Pernambuco, através dos seus heróis e mártires, nunca quis a independência em relação ao absolutismo monárquico e às casas reais estrangeiras, apenas para si. Incorporou sempre províncias irmãs circunvizinhas. Com um projeto de pátria Brasil, por trás de tudo. Isso faz grande diferença.

O que comemoramos no 6 de março
Em 1817, o governo independente durou poucos meses. Foi a gloriosa e nunca suficientemente louvada Revolução Pernambucana, que entre muitas outras coisas, nos legou nossa bandeira.
Aconteceu mais uma vez
Em 1824, com a Confederação do Equador. Uma corajosa e pioneira revolta republicana contra o absolutismo de Pedro I. Esmagada. Deixou exemplos e mártires, o mais conhecido é Frei Caneca, cujo sacrifício até hoje inspira a bravura pernambucana.

Entre um movimento e outro
Ocorreu uma revolução menos conhecida, menos comentada, mas nem um pouco menos importante e simbólica. E tem mais: diferente de todos os outros movimentos de rebeldia no Brasil, entre a expulsão vitoriosa dos Holandeses e a expulsão meio disfarçada do algoz Pedro I, o movimento de 1821 foi o único vitorioso. Chegou ao fim tendo cumprido seus objetivos, sem conhecer o gosto amargo da derrota. Foi o ' Grito de Goiana', cujo desfecho magnífico é vitorioso foi a 'Convenção de Beberibe'.
Uma bela frase marcou o início do movimento que levaria à independência de Pernambuco do absolutismo de D. João VI e seu regente no Brasil, o futuro D. Pedro I.
Conclamação
“Avante pernambucanos, o mundo nos observa: marchemos entoando o sagrado nome da pátria dos bravos”. O grito de Felipe Menna Callado da Fonseca e Manoel Clemente Cavalcante de Albuquerque, em 28 de agosto de 1821, marca o início da formação da Junta Governativa de Goiana, instalada no dia seguinte. O gesto de rebeldia e liberdade foi o troco de Pernambuco. O algoz da Revolução de 1817, Luiz do Rêgo, acabou expulso e o absolutismo banido de terras pernambucanas.

O fio da história
Insurreição Pernambucana, que culminou com a expulsão dos holandeses.
'A fronda dos mazombos', mais conhecida como ' Guerra dos Mascates; A Conspiração dos Suassunas; A Revolução de 1817; o Grito de Goiana, que desaguou na Convenção de Beberibe; A Revolução Praieira. Além de outras rebeldias menos proclamadas, a exemplo da 'Intentona' de 1935 contra a ditadura Getulista; sem esquecer a resistência à ditadura militar, que também gerou heróis e mártires. Todos esses movimentos se somam para formar o que os inimigos batizaram de "maligno vapor pernambucano". Na verdade, benigno vapor, que exala coragem, democracia, liberdade. Algo que, um governo sensível, já teria incorporado ao currículo escolar.
Para que todas as crianças
Cresçam sabendo que pisam um solo sagrado, banhado pelo sangue patriótico que construiu a pátria.
E viva Pernambuco imortal.
*José Nivaldo Junior é publicitário e historiador. Diretor do Jornal O Poder. Da Academia Pernambucana de Letras.

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