
Carnaval de Olinda - Desordem pública e degradação do Patrimônio Histórico, por Cláudio Aguiar*
11/03/2025 -
A história do sítio histórico da cidade de Olinda, tombado como patrimônio da Humanidade, revela lamentável decadência. Perduram práticas que normalizam a existência de uma urbe que se diz histórica sem preservar suas autênticas raízes históricas; que se declara artística, porém, sem monumentos, museus, livrarias, jornais, teatros, capazes de revelarem suas dignas trajetórias civil, patriótica, religiosa, geográfica, literária, musical, etc.

Em Olinda hoje
Sua manifestação cultural, poderá ser reduzida a uma monocórdica proliferação de poluição sonora de tambores esquálidos sob os balanços de bonecos gigantes febrilmente carnavalescos, mas, destituídos de estética artistica. Até a música de rua privilegia o maracatu, porém despido de sua tradição original.
Além disso, a multidão que invade a cidade durante o Carnaval, parece já vir cega e indiferente a um passado de tradições e de glórias... Vem intoxicada por uma publicidade enganosa e prejudicial ao futuro da urbe, que, a cada ano, perde a vocação de cidade de patrimônio cultural para se transformar numa urbe de negócios.

Não somos contra a folia momesca
Somos contra a falta de ordem pública no Sítio Histórico de Olinda. O Carnaval bem que poderia ser o cenário ideal para um certo renascimento das tradições da cidade. Mas, não. Os gestores se conformam com a prática de ações imediatistas. Entregam as ruas e as praças a pessoas pobres e carentes, coitadas, sem possuirem qualquer cuidado sanitário nas improvisadas barracas. As autoridades expõem a saúde das pessoas aos perigos de consumo de alimentos não higienizados. As ruas ficam sujas, os moradores, que pagam impostos, desmoralizados e impotentes face ao descaso das autoridades municipais que os ignoram, porém nunca esquecem de remeter os boletos do IPTU a cada ano.

Lei no lixo
Quando a Prefeitura de Olinda
cumprirá as disposições das leis de postura municipal?
*Cláudio Aguiar é um dos maiores escritores brasileiros dos nossos tempos. Da Academia Pernambucana de Letras. Morador do Sítio Histórico de Olinda.
NR - Matéria editada sem revisão do autor.

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