Carnaval de Olinda foi marcado pela absoluta desorganização. Excesso de comércio ambulante e de barracas em quase todas as calçadas e praças da cidade. Centenas de carros com e sem adesivos de autorização da prefeitura transitando e estacionados. Caminhões pesados fazendo abastecimento das casas camarotes. As próprias casas camarotes, que são proibidas pela lei do carnaval (dez/2001), com som altíssimo em qualquer horário perturbando os moradores.

Distorção

Os paredões de som das batucadas, também proibidos pela lei do carnaval, provocando aglomerações excessivas e sufocando as agremiações tradicionais que se viram obrigadas a desviar por becos estreitos. E o mais aviltante, com a prefeita prestigiando um desses paredões, usando até a fardinha da batucada.





Sujeira

Muito lixo e água suja nas ruas. Muita urina e fezes humanas. As bicas transformadas em cloacas. Tudo debaixo do silêncio cúmplice da prefeitura.





Flashes do caos

-Acampamento de barraqueiros no entorno da Igreja do Carmo;
-Tumultos no largo do Amparo;
-Carretas descarregando na rua do Amparo e outras zonas de rigorosa preservação;
-Carros de serviço de casas camarotes parados em fila dupla, atrapalhando tudo;
-Caminhões destruindo o patrimônio histórico;
-A culminância do absurdo: tiroteio no Carmo durante o show de João Gomes. Sete pessoas feridas, entre elas uma turista de São Paulo, com gravidade;
-O Casarão Lundgren, que no carnaval se transforma em depósito de banheiros químicos, teve seu portão e uma das pilastras derrubados por um caminhão a serviço da prefeitura.

É pouco?

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