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Polêmica para o domingão - Jarbas Beltrão* mais uma vez discorda do artigo de José Nivaldo sobre Musk e Trump

15/03/2025 -

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Seguem algumas notas sobre o artigo abordando a relação Musk / Trump, publicado em O Poder nesta sexta-feira, 14/03.

Ponto 1

A História sim, como afirma meu prezadíssimo amigo José Nivaldo, é feita de contradições e as mesmas respondem por choques de diversas naturezas. Diplomáticos ou violentos, chegando ao que em toda a aventura humana passada nesse nosso "habitat" que Deus nos destinou, aos conflitos desde armas de pedras e paus, às armas de fogo de eliminação individual até chegar naquelas de destruição em massa, nesse último caso, as bombas construidas a partir de Urânio enriquecido. Que vão aumentando seus megatons à cada período da História. Então sua capacidade de destruição do Homem e, por consequências toda as paisagens por ele construidas e a natureza de Deus presenteada à sua criatura.

Ponto 2

A História sem dúvida é feita pelas multidões, mas não se limita apenas a um ato da coletividade. Acredito, e temos a História como testemunha, que essas coletividades, não conseguem empreender suas ações se não forem conduzidas por lideranças, muitas vezes, que falam em nome das massas. As "revoluções"a partir do Seculo XX, foram ações "ditas de massas" ,quando não, substituiram as massas, ou falaram em nome das mesmas. A Revolução Bolchevique 1917 foi de massa, porém só no filme do cineasta Eisenstein "Encouraçado Potemkim", contratado pelos Bolcheviques para fazer o teatro, ou John Reed "Dez dias que abalaram o mundo" que apenas ouviu falar do acontecido na cidade "revolucionada" (?) de São Petersburgo. Diz-,se até que o cotidiano naquele dia do golpe, na maior parte da cidade, foi de normalidade. Podemos também nos referir, a muitos casos onde as multidões foram apenas usadas e posteriormente esmagadas, a Revolução do Khmer Vermelho no Cambodja eliminou mais de 25% da população; a Chinesa que com sua guerra popular, na hora definitiva, os camponeses ficaram de fora ouvindo as maluquices de Mao Tse Tung, ou também, o golpe castrista em Cuba , onde um pouco mais de uma centena de aventureiros tirou do poder o "bom vivant" sargentão Fulgêncio Batista.
As multidões, são armas , que carregam muitas insatisfações, até justas, mas se fazem Historia, é apenas quando as lideranças motivam - nas

Ponto 3

O mundo que emergiu após a 2a GM foi um mundo conflitado entre dois sistemas: Socialismo X Capitalismo, que perdurou rigorosamente até 1991, quando a URSS desapareceu e o sistema socialista do leste europeu, no tocante a economia, caiu como castelo de cartas.
O comunismo não conseguiu construir uma economia. E não conseguir construir. Não construir porquê seus engenheiros erraram no cálculo, mas porque a planta é errada nesmo. Economia precisa de mercado, propriedade privada e lucro, no dizer da Escola Austríaca de Economia, (Megel, Mises e Hayeck). Ludwig Mises quando viu a exposição dos marxistas, quanto ao plano econômico dos mesmos, questionou: "sim e o cálculo econômico" (?); ora, "o que motiva a alocação de recursos numa economia";. "Como organizar um sistema produtivo, se não tem no seu horizonte os ganhos ( lucros ) e sua infinita ampliação"; "que prejuizo terá o mercado se seu único objetivo é ter produto apenas para satisfação mais primária das populações.
O mercado é movido por necessidades, mas necessidade não implica apenas em sobrevivência dos que consomem, mas uma infindável gama de mercadorias que vão mudando ao longo da História e permanecerão mudando eternamente, e os gostos são infinitamente diversificados, o que seria da Humanidade se assim não fosse ? ela já estaria extinta não apenas por guerras, mas fome e seus efeitos.

Ponto 4

O comunismo nunca existiu? sim, desde 1917, primeia experiência dessa "engenharia social" que se tenta sua construção, mas sempre falhou. Como ? Vejamos todos os casos de socialismo/comunismo na Europa, de resultados decepcionantes, se mantiveram com sua indústria militar e seu aparato policial, mas satisfações de vida civil foi zero, a nao ser da burocracia estatal/partidária, a vida era dominada por uma monotonia, escassez, falta de liberdades. A maior agência de informação no mundo, foi a KGB, hoje a FSB de Putin.
A KGB Soviética antecedeu a CIA e o FBI e, ela praticamente exercia o controle sobre os cidadãos. O comunismo/ socialismo foi a mais perfeita ordem de controle civil, mais perfeita que, nazismo e fascismo.

Ponto 5

Meu professor Nivaldo, o que aconteceu após a queda do "mastodonte" "mercado socialista"? A guerra fria foi inicialmente sucedida por uma Ordem Unipolar (Estados Unidos), já no século XXI, emerge a China. A Rússia foi fazer parte dos países emergentes, mas com armanento nuclear. A China, abriu-se economicamente e segue construindo uma economia de mercado, em direção à condição de 2a potência econômica mundial. Não por conta da "engenharia econômica comunista", mas por sua abertura econômica, criando grilhões para o empresariado privado que migrou pra lá (até quando a sobrevivência desse empresariado?).

Ponto 6

A China perde investimentos que fizeram sua riqueza; a economia estatal que se desenvolveu a partir daí, vai perdendo oxigênio. Trump no final do 1° mandato, já criou uma rede legalislativa para estimular a volta de muitos dos investimentos americanos (2,5 milhões de empresas). Agora no 2° mandato tem tomado medidas que tende a encolher a entrada dos importados chineses, e quando trouxe para o Estado Americano Elon Musck, foi por entender ser necessário reduzir o nivel de corrupção do Estado e é a moldura do Bloco Ocidental desejado pelo Presidente americano , do "Deep State" ( O Estado das Sombras) straves da DOGE e dar um freio de arrumação cultural, com combate ao virus da cultura Woke, que faz o trabalho de destruição de valores morsis, sociais, que são caros para a sobrevivência humana

Ponto 7

Hoje meu grande amigo, sem dúvida há a formação de uma Nova Ordem Global e dois grandes blocos disputam essa hegemonia, entretanto dentro deles há diversas tendências, os blocos ele:
a) Aliança ocidental, de aproximacao com as elites econômicas que ainda acham importante a preservação das regras da liberdade economica, ou as vezes advogam uma parceria Estado+Capital Privado. Alguns querem uma aproximação com a China, e seu quartel general pode ser EUA e Otan.

b) Eixo das ditaduras: Russia, China, Coréia do Norte, Iran, Cuba, Nicarágua, Venezuela.

Ponto 8

Gostaria de registrar um bloco que corre livre, extra-oficial, "playeres" asvezes desconsiderados na politica tradicional, são o narcotráfico, cuja a arma e o suborno , e o terrorismo islâmico árabe, de verniz de extrema esquerda.

Ponto 9

Escrevi um artigo que teve publicação em 'O Poder, onde relato, o que ocorria no cenário mundial nos anos 1970/80. Foi o período de crise no Socialismo Real e Ordem Capitalista. A superação das crises veio com a complementariedade entre os dois sistemas e a China naquela ocasião, aproximou-se a ordem ocidental, se não o fizesse o PCCh perderia o controle e trouxe para uma nova vida milhões de chineses. Já a ordem ocidental, ganhou novos produtores ( a produção tinha custos elevados ) estes de custos n
mais baixos (mão de obra barata, capitais livres de muitas obrigações fiscais, ambientais, trabalhistas, previdenciária, sociais, que o Estado Social Ocidental, havia criado ).
É uma mão lavou a outra.

E finalmente

O texto provoca amplo debate, vez que o professor Nivaldo coloca diversos destaques, quanto alianças das elites (que não são só as ocidentais), projetos socialista e outros. Em outra ocasião pode ser dado prosseguimento.

Meus profundos respeitos.

*Jarbas Beltrão é historiador e professor da UPE.

NR - Como dito e reafirmado, O Poder respeita e acolhe opiniões divergentes e estimula a saudável troca de ideias.

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