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Gol de Letra - Coluna Semanal - O que muda na Branca de Neve de 1938 e 2025, por Roberto Vieira *

24/03/2025 -

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A nova Branca de Neve dos estúdios Disney chega a Pernambuco oitenta e sete anos após a versão original. Desta vez, as críticas sobre a beleza da Branca de Neve, os anões politicamente corretos, o príncipe dando no saco, como diria Cazuza e Cássia e o apoio da Rainha ao estado de Israel parecem mais importantes do que o filme. Bem diferente de 1938.





Teatro do Parque

Branca de Neve na sua versão em português estreou no Teatro do Parque, em Recife, no dia 3 de outubro de 1938. O impacto foi tão avassalador que provocou a necessidade de uma matinê todos os dias às 14:30. A meninada se apaixonou pelos anões e as mocinhas iam dormir sonhando com o príncipe.

Aracy

O outro impacto artístico na cidade era a chegada da bela sambista Aracy de Almeida. Antiga namorada de Noel Rosa, Aracy enfeitiçou a cidade com muito samba no Casino Grande Hotel. Os casais podiam jantar, jogar e se divertir no Casino, numa boa.





Bezerros

O interior do estado também tinha festa. O Aliança Sport Club, de Bezerros, inaugura sua sede social. Em partida festiva, o Aliança perde do Sport Recife por 5x4. Longe dali, Zeman domina as disputas do xadrez estadual. A Argentina volta atrás e pede para voltar à Confederação Sul-americana de Futebol. A mais bela pernambucana é a miss Palmares, Maria Thereza Valença. Thereza sonha com o príncipe de Branca de Neve.





Woke

A estreia da nova Branca de Neve traz perguntas aos pernambucanos. Beleza é importante? Príncipe é desnecessário? Walt Disney era um chato? Anões são politicamente incorretos? Woke or not woke? Para minha geração e a geração dos meus pais a resposta é fácil. Cinema era lugar de alegria. Amor era para sempre. Um beijo era ser feliz para sempre. Branca de Neve original foi lançado em tempos de miséria, pobreza, guerra e depressão. O Brasil vivia o Estado Novo. Meus pais e avós queriam apenas sonhar. O Teatro do Parque era nosso Cinema Paradiso.

*Roberto Vieira é médico e cronista. Escreve nas segundas feiras a coluna Gol de Letra, no Jornal O Poder. A Branca de Neve de 1937 da Disney foi baseada na atriz austríaca Hedy Lamarr, uma das mais belas atrizes da história de Hollywood. Hedy também era inventora. Criou a base da telefonia celular e um sistema para despistar radares utilizado pelos norte-americanos na Segunda Guerra Mundial. Portanto, mais emponderada do que essa Branca de Neve é impossível. Roberto conheceu a história de Hedy Lamarr através de um dos seus maiores fãs, o escritor e memorialista Carlos Celso Cordeiro.
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