
Adeus, Antônio! - Com esse poema, homenageamos o grande compositor Antônio Barros, por Eduardo Albuquerque*
07/04/2025 -
Cecéu chora, chora Cecéu
Teu Toinho, agora no Céu
Felizes compositores, bela comunhão
Não só choras tu, também o Sertão
Nas festas sertanejas, no ir e vir ...
“Foram anos de muito bulir”
“Nunca viram rastro de cobra”
“Nem couro de lobisomem”
“Só muitas batidas de coração “
“Dançaram de documento na mão “
A poeira baixou no meio do salão
As luzes se apagaram, agora solidão
“Tantas fogueiras, tanto balão “
“Não há mais luar no sertão”
Acabaram-se as danças, silenciou o coração
Apagaram as fogueiras, secou o balão
“Não mais haverá forró número um”
“Ninguém desatará mais o nó”
“Aquele quanto mais apertado, melhor”
Calou-se a sanfona, emudeceu o forró!
*Eduardo Albuquerque, poeta, cronista, escritor.
**Os artigos assinados expressam a opinia?o dos seus autores e na?o refletem necessariamente a linha editorial de O Poder.
