
Adeus, Vargas Llosa - poema, por Eduardo Albuquerque*
14/04/2025 -
Ele não foi exceção à regra
Portou-se igual na métrica
De quase todos os
intelectuais
Quicá apêndice, determinística
Da Esquerda, nos princípios, pró
Até o amadurecimento, a sós
Foi-se Mario Vargas Lhosa, a cultura
Hispânica se vê órfã desse legado
Do engenhoso arquiteto da palavra
Eis que a indesejada das gentes
Se fez voraz no acervo da Literatura
Perde-a um de seus maiores talentos

Como poucos, soube apontar desigualdades
Captadas pela extrema sensibilidade
Endógena à sua peculiar humanidade
Aos brasileiros até premiou
Com um alerta se pronunciou
“Guerra do fim do mundo” nos legou
Brasil, Canudos ainda não acabou!
*Eduardo Albuquerque, poeta, cronista, escritor.
