
Conclave - Quem são os 133 cardeais de 70 países que elegerão o novo papa
29/04/2025 -
Uma disputa entre os progressistas, conservadores e moderados. E o futuro da Igreja Católica diante dos dilemas do século 21. Após a morte do papa Francisco, na última segunda-feira (21/04), um conclave mais diverso, com 133 cardeais, de 70 países diferentes, decidirá quem será o novo pontífice da Igreja Católica. O conclave começa no próximo dia 7 de maio.
Os países
O próximo conclave terá um recorde de representantes de países de todos os continentes. Em 2013, no conclave que elegeu o papa Francisco, os cardeais haviam nascido em 48 países diferentes. Desta vez, são 70 nações representadas (Mongólia, Laos, Papua-Nova Guiné e Mali, por exemplo, “estrearão” na assembleia).
Assembleia mais global
O historiador Gian Luca Potestà, professor da Universidade Católica de Sacro Cuore, em Milão, afirmou que a assembleia mais "global" reflete não só a mudança no perfil dos fiéis ao redor do mundo, mas também o desejo do Papa Francisco de valorizar igrejas locais engajadas com causas sociais e políticas.
Maioria
Entre os 133 votantes, a maioria, 108 ao todo, foi nomeada pelo papa Francisco. Outros 21 cardeais assumiram o cargo por escolha de Bento XVI, e quatro, por decisão de João Paulo II.
O brasileiro
O brasileiro Odilo Scherer, que participará do conclave, foi nomeado bispo em 2001 por João Paulo II e só se tornou cardeal em 2007, já durante o pontificado de Bento XVI.
Até 80 anos
Apenas os cardeais de até 80 anos podem votar. Na lista dos que vão fazer parte do conclave, a idade média é de 69 anos. O representante mais jovem é o ucraniano Mykola Bychok, de 45 anos, que atua na Austrália. E o mais velho é Jean-Pierre Kutwa, de 79 anos, da Costa do Marfim.
O tempo
Alguns cardeais disseram que o conclave para eleger o novo papa poderia durar apenas dois ou três dias.
Atmosfera
Enquanto caminhavam em direção aos portões do Vaticano, os clérigos falaram que a atmosfera dentro das reuniões das congregações gerais era “fraterna e sincera” e que todos sentiam a responsabilidade de escolher o sucessor do papa Francisco.
Os eleitores
O colégio de cardeais conta com 252 membros, sendo 135 eleitores. Dois já anunciaram que não irão votar por motivos de saúde - serão, então, 133 cardeais votantes. Entre eles, oficialmente, todos podem ser eleitos papas. Cardeais não votantes e outros religiosos também podem ser escolhidos, apesar de na história recente apenas cardeais terem sido eleitos.
Favoritos
Seis nomes têm se repetido em diversas apostas. Robert Sarah, Péter Erdo, Matteo Maria Zuppi, Pietro Parolin, Jean-Marc Aveline e Luis Antonio Gokim Tagle são alguns dos nomes que mais se repetem.
Vai pautar
Segundo os especialistas, três pontos serão fundamentais na escolha do futuro papa, sendo ele, a abertura ou resistência a riscos: cardeais mais prudentes, que promovam uma continuidade ao que estava sendo feito por Francisco; espiritualidade, que tem maior chance aquele candidato que demonstra ser mais espiritualizado e menos “mundano” e transparência, onde todos devem defender decisões mais claras e abertas dentro da instituição.
Solenidade
Orações, diálogo e debate. Segundo os vaticanistas, o processo de escolha de um papa, que é cercado de grande solenidade e envolve não apenas a eleição de um novo pontífice, mas também diversos rituais tradicionais, como a famosa fumaça branca.
Fumaça
A fumaça é o sinal utilizado para anunciar ao mundo o resultado da eleição papal: quando um novo papa é escolhido, a fumaça branca sai da chaminé da Capela Sistina, sinalizando que a decisão foi tomada. (O Poder)
