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As grades não calam a verdade – O sufoco dos inocentes por Zé da Flauta*

08/05/2025 -

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O Brasil sangra em silêncio. Enquanto o mundo gira e as manchetes se renovam, há cidadãos esquecidos em celas frias, pagando com a vida por terem ousado levantar a voz. O que pediam? Transparência. O que receberam? Prisão. Em nome de uma eleição repleta de lacunas, contradições e suspeitas, protestar virou crime, questionar virou terrorismo, e o grito do povo foi calado com punhos de ferro. Não se tratava de uma disputa comum. Era a volta ao poder de um homem que já havia sido condenado por corrupção e lavagem de dinheiro por três instâncias, com dosimetrias crescentes e provas esmagadoras. E mesmo assim, num passe de toga, ele foi devolvido ao trono.





Massacre

Do outro lado da história estão pais e mães de família, idosos com comorbidades, jovens trabalhadores que foram presos e esquecidos. Muitos sem julgamento, outros com sentenças absurdas. Há mais de dois anos, suas vidas foram congeladas no tempo. Famílias desfeitas, sonhos abortados, saúde mental destruída. Não há justificativa jurídica que se sustente diante desse massacre humano. Eles não tinham comando nem armas. Não incendiaram. Não roubaram. Protestaram, com cartazes, com palavras, com orações. E por isso, foram transformados em inimigos da pátria. A injustiça se arrasta como uma sombra pelo Palácio da República, enquanto os verdadeiros criminosos voltam a sorrir nas coberturas de Brasília.





Plano

Hoje, com o retorno do esquema, já não há espaço para dúvida, o povo tinha razão. As denúncias de corrupção voltaram à tona com força total. São escândalos por todos os lados, no INSS, fraudes em licitações, compra de apoio político com verbas públicas, tráfico de influência, e a cereja podre do bolo: o roubo descarado dos aposentados, putz! Quem paga essa conta é o povo honesto, que trabalha, que acorda cedo, que só queria um país mais digno para seus filhos. Enquanto isso, aqueles que entregaram a chave da nação a um réu ressuscitado batem palmas e se deleitam nas embaixadas do poder. Está claro, a injustiça não foi um acidente, foi um plano.





Comoção

Por isso, não há mais o que discutir, é hora de anistia já. Não por conveniência, mas por dever moral. E mais que isso, é hora de indenizar essas vítimas da mentira estatal. Não é apenas um ato de reparação, é um grito de humanidade diante da covardia. A história cobrará essa dívida. E se calarmos agora, amanhã poderá ser você, leitor, que pagará com a liberdade por dizer a verdade. Que todos se comovam com essas vidas destroçadas, que todos sintam no peito o peso dessa vergonha nacional. Pois, no fundo, cada lágrima derramada por esses prisioneiros é uma lágrima derramada pela própria democracia.

Até a próxima!

*Zé da Flauta é músico,compositor, escritor e articulista.

NR - Os artigos assinados expressam a opinião dos seus autores. O Poder está sempre aberto e acolhe opiniões divergentes.
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