
Conclaves recentes - Ascensão e a morte de João Paulo I, O Brevíssimo, por Roberto Vieira*
08/05/2025 -
O adeus do Papa Francisco leva o Vaticano novamente ao centro das atenções mundiais. Todas as vezes que um Papa diz adeus, às notícias sobre a eleição do novo pontífice ganham manchetes da mídia e na mente dos católicos do planeta. Prosseguimos no resumo das eleições papais ocorridas desde o início do século XX, quando Roma já era acompanhada de perto em tempo quase real, mesmo sem Instagram ou Facebook. Nosso pontífice de hoje é João Paulo I, o Papa Sorridente.

Operário
Albino Luciani nasceu em 1912. Foi o primeiro Papa nascido no século XX. Pobre e filho de um operário socialista, Albino conheceu o credo marxista em casa enquanto se encantava com os sermões de um padre capuchinho. Quando decidiu ser padre, Giovanni, seu pai, pediu apenas que fosse um padre ao lado dos pobres. Como Jesus.
Doutorado
Mesmo sem grandes ambições, Albino chegou ao doutorado aos 35 anos com uma tese sobre as origens da alma humana. O fascismo, a guerra e o pós guerra deram muitas ideias sobre o ser humano diante do terror. Silenciosamente, seguiu os passos de João XXIII como Patriarca de Veneza. Ele, João Paulo II e Bento XVI se tornaram cardeais pelas mãos de Paulo VI.

Sorriso
Albino foi eleito sem querer ser eleito. Pensou em recusar, voltou atrás, pegou uma igreja afundada em corrupção, triste e soturna. Ao aparecer perante a multidão, ele sorriu. O mais belo sorriso entre os Papas vetustos da Igreja. O mundo nunca mais foi o mesmo após seu sorriso. Escolheu o nome dos seus dois antecessores.

33
Cristo se foi aos 33 anos e João Paulo I se foi com 33 dias de pontificado. Na véspera da sua morte, João Paulo discutiu asperamente sobre os deslizes do Vaticano. Foi dormir triste, lembrou do pai, morreu dormindo. Havia previsto que um polonês mais forte que ele viria realizar o trabalho que seu sorriso não poderia realizar. Um dos seus eleitores no Conclave foi Karol Wojtyla, um Cardeal torturado na sofrida Polônia.
*Roberto Vieira é médico e um dos principais cronistas do Brasil. Escreve em O Poder.

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