
Saúde - Ministério Público abre investigação sobre cirurgias oftalmológicas que deixaram pacientes sem enxergar na Paraíba
21/05/2025 -
O que seria uma cirurgia para corrigir um problema oftalmológico, se transformou em um pesadelo na Paraíba para dezenas de pacientes, que correm o risco de perder a vista de vez. O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu uma investigação sobre os casos de pacientes que passaram por procedimentos oftalmológicos no Hospital de Clínicas de Campina Grande e relatam complicações como infecções e perda de visão.
Mutirão
As cirurgias foram realizadas em um mutirão do Governo do Estado.
Determinou
A promotora de Justiça Adriana Amorim determinou que a Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) apresente, em até 10 dias, informações detalhadas sobre o mutirão. A pasta deve informar o total de pacientes atendidos, os tipos de procedimentos realizados e os critérios para a seleção dos pacientes.
Solicitou
O MP também solicitou a relação dos profissionais envolvidos, com suas qualificações, e o contrato firmado com a Fundação Rubens Dutra Segundo (responsável pelas intervenções), destacando as responsabilidades técnicas e administrativas.
Enviar
Além disso, a SES-PB deve enviar detalhes sobre o processo interno aberto para apurar os problemas e as medidas de fiscalização adotadas durante a execução do mutirão.
Medicamentos
Segundo as denúncias investigadas pelo Ministério Público, parte dos medicamentos usados no mutirão oftalmológico no Hospital de Clínicas de Campina Grande estariam vencidas. O mutirão ocorreu na última quinta-feira (15/05) e, depois dos procedimentos, pacientes relataram infecções e perda de visão.
Nota
Em nota, o Ministério Público afirmou que pode tomar outras medidas durante a investigação para proteger a saúde dos pacientes.
Os frascos
Dos 30 frascos do medicamento utilizado no mutirão oftalmológico em Campina Grande, pelo menos seis estavam vencidos e abertos, segundo a SES-PB. Há indícios de que esses medicamentos foram aplicados durante os procedimentos realizados no Hospital de Clínicas. Ao todo, 64 pacientes passaram pela cirurgia.
Instaurou
Diante da denúncia, a SES-PB instaurou um processo administrativo para apurar o caso e informou que segue acompanhando a situação dos pacientes afetados. Em nota, o Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) afirmou que também está acompanhando o caso. (O Poder)