
Entidades fazem campanha contra bebês reborn e pela adoção
26/05/2025 -
Por HJur
A mania de pessoas por bebês reborn (feitos de silicone com traços muito parecidos ao de crianças reais) para cuidar e criar como se fossem pessoas, que tem assustado profissionais de saúde, o mundo jurídico e o Legislativo ganhou nova repercussão neste final de semana. Trata-se do lançamento da campanha intitulada “Não adote uma boneca — Adote uma criança”.
Lançada pelo escritório Décio Freire Advogados, em parceria com o Instituto Dom Luciano Mendes de Almeida (IDL-Pró Vida), a iniciativa critica a tendência das bonecas hiper-realistas reborn. Surge em momento de crescimento do fenômeno das bonecas que imitam recém-nascidos, incluindo simulações de partos, roupas, testes do pezinho e todos os cuidados destinados a crianças reais.
“Onda de loucura”
“Quatro mil crianças aguardam por adoção no Brasil enquanto uma onda de loucura invade noticiários, mencionando adultos tratando bonecas hiper-realistas como se crianças fossem, com direito a enxoval, parto, batismo, busca de serviços médicos e disputa por guarda na Justiça”, diz no material de campanha, o IDL-Pró Vida.
A campanha defende que seja priorizada a adoção de crianças reais que aguardam famílias no sistema nacional de adoção, em detrimento do investimento emocional e financeiro em bonecas.
No Congresso
O tema, que foi objeto de vários projetos de lei apresentados – e alguns já votados – em Câmaras de Vereadores e Assembleias Legislativas do país, chegou ao Congresso Nacional por meio de três propostas protocoladas.
A primeira, apresentada pelo deputado Zacharias Calil (União Brasil) proíbe uso das bonecas reborn para obter atendimento prioritário em estabelecimentos ou pronto atendimento. Uma outra proposta sugere que sejam criadas medidas de apoio psicossocial na rede de saúde para as pessoas que estão passando por esse tipo de distopia.