A pré-candidatura de Ivan Moraes é a primeira na história do PSOL Pernambuco que tem consenso da direção estadual e das organizações internas da sigla.
Em coletiva de imprensa, na manha de hoje, segunda-feira 26/05, Ivan defendeu um projeto que chamou de "ousado e possível" para o estado. A coletiva foi realizada na Casa Marielle Franco, sede do Diretório Estadual. Além de lideranças de diferentes cidades de Pernambuco, estiveram presentes Samuel Herculano, presidente estadual da sigla; e as dirigentes Michelle Santos e Perpétua Rodrigues.

Ousado e possível

Ivan Moraes defendeu que é necessária uma proposta compatível com os tempos em que vivemos. “A gente precisa defender um programa que seja ousado e que seja possível. Não adianta a gente ficar defendendo coisa que não existe, mas é fundamental que exista uma proposta que vai além da mesmice”, negritou. Ele visitou Estocolmo, país que faz uso de compostagem para geração de biogás, reduzindo o uso de combustíveis fósseis, e viu que é possível aplicar a novidade em Pernambuco.

Consenso

Presidente estadual, Samuel Herculano destacou que Ivan foi convidado pelo conjunto do partido e aceitou a tarefa. Também sublinhou que, pela primeira vez na história do PSOL de Pernambuco, a direção e todas as organizações internas do partido tiveram consenso na definição do nome a disputar o governo do estado.

“Vai ser o nome que vai levar esse projeto, que não só do PSOL, para outros movimentos, para outros partidos. Também temos uma novidade: a de que o nome de Ivan foi aceito por todos os grupos da direção partidária. Na história do PSOL, hoje temos pela primeira vez uma pré-candidatura que é consenso”, disse o presidente estadual.


O cenário de polarização e os desafios

Ivan avalia que João Campos e Raquel Lyra defendem o mesmo projeto para o estado. “Eles defendem as privatizações, defendem projetos conservadores, nada muito além do que já é feito na política tradicional de Pernambuco”, enfatizou.

Ele destacou que tanto o prefeito do Recife quanto a governadora defendem a construção da Escola de Sargentos do Exército na mata, com a possibilidade de construir em outro local; que ambos também defendem o mesmo modelo de saúde, com parcerias público-privadas. “Duas candidaturas semelhantes, que se abraçam, que disputam as mesmíssimas bases, não existe um alinhamento ideológico, existe busca pelo poder. Raquel é a candidata da Amupe; enquanto João parece ser o candidato da Alepe. Então a gente precisa ser a candidatura do povo”.

O grande desafio do PSOL é chegar nas pessoas, segundo o pré-candidato, devido à estrutura menor em comparação aos adversários. Ele garante que, apesar de não ter tempo de TV, recursos e estrutura, tem certeza que pode conquistar o eleitorado do estado.

“Eu tenho certeza absoluta que, se a gente conseguir superar o desafio do conhecimento, de a gente fazer chegar a nossa voz, com nossa conversa, com nossa tranquilidade, com nossa humildade, com nosso desejo de mudar dos ouvidos e dos corações das pessoas, eu não tenho dúvida de que elas vão votar na gente. Na hora de escolher o voto, elas vão escolher a gente”, garantiu.

A defesa do projeto

Perpétua Rodrigues, dirigente do PSOL Pernambuco e do Diretório Municipal do partido em Petrolina, demonstrou empolgação e confiança com a pré-candidatura de Ivan Moraes. ““O companheiro Ivan vai representar um programa de governo que vamos construir juntos e referendar com a população pernambucana. Vamos ter uma candidatura que acolha a população negra, as mulheres, a população LGBTQIA+, uma candidatura que nos dá força e coragem pra trabalhar”, afirmou Perpétua. Ela foi candidata a vice-prefeita de Petrolina nas eleições de 2024, na chapa da Federação Brasil da Esperança.

Michelle Santos, secretária de Direitos Humanos do PSOL Pernambuco e presidenta do PSOL Caruaru, falou que está orgulhosa com a escolha do próprio partido. “Estamos num momento de polarização entre duas candidaturas que parecem ser as únicas opções. E o PSOL apresenta ao povo pernambucano uma pré-candidatura ousada, corajosa e capaz de enfrentar os problemas reais do povo de Pernambuco. E a gente que tá no interior acredita que é importante esse diálogo com os territórios. O PSOL está nesses espaços”, defende Michelle.

Ivan Moraes citou o conceito do Bem Viver, quando falou do projeto para o estado de Pernambuco. De origem indígena, o conceito prioriza o bem estar e a qualidade de vida das pessoas, integrando soluções inovadoras para os problemas atuais a formas de vida que veem a natureza como parte importante e central da melhoria da vida das pessoas.