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Marina abandona sessão no Senado: "Fui agredida fazendo o meu trabalho"
27/05/2025 -
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou que se sentiu "agredida" durante sua participação em uma audiência pública no Senado hoje. Ela chegou a abandonar a sessão do colegiado após uma série de declarações de senadores. Marina foi convidada para falar sobre a criação de uma unidade de conservação marinha na Margem Equatorial, para a exploração de petróleo. "Eu me senti agredida fazendo o meu trabalho. Fui chamada para mostrar tecnicamente que as unidades de conservação, que estão sendo propostas para o Amapá, não afetam os empreendimentos", afirmou a ministra a jornalistas. Na audiência, ao fazer uso da palavra, o senador Plínio Valério disse que era bom reencontrar a ministra e que durante a sessão olharia para ela como autoridade do governo e não com a mulher, "porque a mulher merece respeito, a ministra, não". Na sessão, a ministra ainda ouviu do presidente da comissão, senador Marcos Rogério, que ela tinha que se "pôr no seu lugar".

A ministra das Mulheres exigiu a retratação e responsabilização
A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, classificou como “grave, lamentável, além de misógino” o episódio envolvendo a ministra Marina Silva e senadores, durante sessão na Comissão de Infraestrutura, e exigiu a retratação e responsabilização dos envolvidos nos ataques. Na ocasião, Marina abandonou a audiência após se sentir desrespeitada por declarações dos parlamentares. Em nota, Márcia Lopes repudiou o caso. “Ela foi desrespeitada e agredida como mulher e como ministra por diversos parlamentares, em março, um deles já havia inclusive incitado a violência contra ela”, lembrou a ministra, citando o episódio em que o senador Plínio Valério falou em “enforcar” Marina.