
Sensíveis Censores - Poema, por Felipe Bezerra*
27/06/2025 -
As lágrimas do censor
emanam da nascente
da desfaçatez, sem dor,
porque sabe ser obediente.
Missão dada, bem executada
pelos amantes das ditaduras,
sem exceção, sempre banhadas
por rios de sangue e de tortura.
Ditos defensores da democracia,
ressuscitam o horror, à luz do dia,
com pompa, em última instância
de máxima hipocrisia e arrogância.
Liberdade de expressão,
ontem tua fatal unção
e o teu suspiro extremo,
por iluminados do Supremo!
*Felipe Bezerra, advogado e poeta
**Os artigos assinados expressam a opinia?o dos seus autores e na?o refletem necessariamente a linha editorial de O Poder.