
Comemorações do bicentenário - Lançamentos e palestras marcam lembrança da Confederação do Equador no Senado
01/07/2025 -
Palestras, lançamentos de livros e exposição. Como parte das comemorações dos 200 anos da Confederação do Equador, a Comissão Temporária Interna em Comemoração aos 200 anos da Confederação do Equador promove hoje, terça-feira (01/07), às 14h, no Salão Negro do Congresso Nacional, a abertura da exposição iconográfica “Confederação do Equador: uma história de luta pela cidadania”, com a participação das senadoras Teresa Leitão (PT-PE) e Jussara Lima (PSP-PI), presidente e vice-presidente do colegiado.
Livros
Durante o evento, será lançada uma coleção de seis publicações especiais onde historiadores revisitam a experiência revolucionária que eclodiu em 1824 nas províncias de Pernambuco, Paraíba, Ceará e Piauí.
Destaques
Serão lançados os livros “A Primeira Revolução Constitucionalista Brasileira: a Confederação do Equador no Seu Bicententário”, “Visões Pernambucanas sobre a Independência e o Império: Joaquim Nabuco, Oliveira Lima, Gilberto Freyre e Evaldo Cabral de Mello.” e “Entre o Império e a República: o Século XIX na Obra de Gilberto Freyre”. As três obras foram organizadas pelo historiador pernambucano André Heráclio do Rêgo.
Os historiadores
Entre os convidados para o seminário, estão os historiadores André Heráclio do Rêgo, George Félix Cabral de Souza, Josemir Camilo de Melo e Júlio Lima Verde Campos de Oliveira.
Audiência
O evento acontece dentro da programação de uma audiência pública a ser realizada pelo Senado no mesmo dia, para discutir a Confederação do Equador em comemoração ao bicentenário do evento. A audiência faz parte das atividades da Comissão Temporária em Comemoração aos 200 anos da Confederação do Equador, presidida pela senadora Teresa Leitão (PT-PE).
História.
Às 15h, um seminário reunirá especialistas que participaram da organização da coleção para aprofundar a abordagem crítica da Confederação: George Félix Cabral de Souza, André Heráclio do Rêgo, Josemir Camilo de Melo, Júlio Lima Verde Campos de Oliveira e Marcus Joaquim Maciel de Carvalho, que apresentarão novos olhares sobre as implicações políticas e sociais do levante. O evento será interativo, transmitida ao vivo e aberto à participação dos interessados por meio do portal e-cidadania.
Documentário
Na sequência, será exibido, com exclusividade, o trailer do segundo episódio da série documental Uma outra independência. Produzida pela TV Senado, a obra percorre os caminhos da insurgência constitucionalista por meio de entrevistas com historiadores, imagens de arquivo restauradas e recriações dramáticas de momentos-chave.
Legado
A Comissão Temporária Interna em Comemoração aos 200 anos da Confederação do Equador foi criada com a finalidade de dar visibilidade e conferir reconhecimento ao processo histórico da Confederação do Equador, fundamental para o País; e fortalecer esse processo na historiografia oficial, com as devidas homenagens aos seus líderes e protagonistas.
Ao longo de 2024, o colegiado promoveu discussões na Paraíba, Pernambuco e Ceará, além de audiências públicas em Brasília.

Movimento
A Confederação do Equador foi um movimento iniciado em 1824, no Nordeste, contra a monarquia de Dom Pedro I e em defesa da implantação de um regime republicano - em que o chefe de Estado é eleito e federalista em que as funções estatais são compartilhadas com governos central e regionais. O movimento eclodiu em 2 de julho de 1824, em Pernambuco, e se espalhou para as províncias vizinhas, como Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
Quem foi Frei Caneca
Frei Caneca foi preso, julgado e condenado à morte. No dia 13 de janeiro de 1825, ele seria enforcado no Forte das Cinco Pontas, mas os três carrascos se recusaram a executá-lo. Com isso, Frei Caneca foi fuzilado com uma determinação da Comissão Militar e teve o corpo deixado em frente ao Convento das Carmelitas, dentro de um caixão de pinho. Os padres o recolheram e enterraram.
A revolta
A revolta foi reprimida pelas tropas imperiais, resultando na execução de 31 pessoas entre 1824 e 1825. Entre os condenados, estava Frei Joaquim do Amor Divino, conhecido como Frei Caneca, que se tornou um ícone revolucionário.
Severino Lopes
O Poder
