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Artigo - Defesa da instalação de um Porto Seco na região do Araripe ao longo da Transnordestina

08/07/2025 -

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Por Daniel Torres Araripe*



As obras da Ferrovia Transnordestina avançam para completar o percurso até o Complexo Industrial e Portuário do Pecém, no Ceará. Recentemente foi assinada a ordem de serviço do lote 8, que vai ligar Quixadá, no Sertão Central, e Baturité, por Itapiúna e Capistrano. O investimento previsto é de R$ 1 bilhão. Abrange um trecho de 46 km entre os municípios cearenses de Quixadá, Itapiúna, Capistrano e Baturité. Este valor faz parte do Novo PAC e visa a conclusão da ferrovia, com operação a partir do Terminal Intermodal de Bela Vista do Piauí. O projeto total da Transnordestina está orçado em quase R$ 15 bilhões e prevê a ligação de 1753 km entre os estados de Pernambuco, Piauí e Ceará.

Pernambuco

As obras da Ferrovia Transnordestina em Pernambuco não estão avançando como o esperado, com previsão de conclusão do trecho entre Salgueiro e o Porto de Suape até 2029. O projeto total, que inclui trechos no Ceará e Piauí, tem como objetivo interligar o interior do Nordeste ao litoral, impulsionando o desenvolvimento econômico da região.

Detalhes sobre as obras em Pernambuco

Trecho Salgueiro - Suape:

A conclusão deste trecho é esperada para 2029, conectando o Sertão ao Porto de Suape.

Investimento:

O trecho pernambucano receberá investimentos significativos, com estimativas entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões.

Lotes:

As obras em Pernambuco incluem os lotes SPS 4 (Custódia-Arcoverde) e SPS 7 (Cachoeirinha-Belém de Maria), com extensões de 73 km e 53 km, respectivamente.

Impacto Econômico:

A ferrovia tem potencial para impulsionar diversos setores, como a indústria do gesso, hortifruticultura, produção de grãos, avicultura e o setor de baterias.

Retorno de Cargas:

A Transnordestina também facilitará o retorno de cargas, como ração para avicultura e insumos agrícolas, impulsionando a economia local.

Extensão:

Com 544 quilômetros de extensão, o ramal pernambucano da ferrovia foi retirado do projeto sob responsabilidade da concessionária Transnordestina Logística S. A. (TLSA) em 2022. A exclusão foi aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), após uma série de análises apontarem a inviabilidade da empresa operar o tráfego em duas regiões portuárias — Suape (PE) e Pecém (CE). Até o ano de 2016, quando ainda estava sob concessão, foram construídos 38% desse trecho.

Trecho pernambucano situação atual

O governo federal autorizou a abertura de crédito suplementar no valor de R$ 816,6 milhões no orçamento fiscal da União, o montante será destinado ao Fundo de Desenvolvimento do Nordeste – FNDE para apoio a projetos ferroviários.

O FNDE administrado pela Sudene fará a conversão deste montante em debêntures da TLSA, concessionária da Transnordestina.





Transnordestina deve ganhar pelo menos 05 portos secos

A Transnordestina Logística S.A. (TLSA) estuda a construção de terminais para carga e descarga no caminho da Ferrovia Transnordestina nos estados de Piauí, Pernambuco e Ceará. A tendência é de que pelo menos cinco portos secos sejam construídos ao longo da linha férrea.

"Vamos ter um (porto) lá no Piauí em Eliseu Martins. Vamos ter um grande terminal nosso próprio lá. Além do Pecém, vamos ter muito provavelmente em Trindade (PE), por causa do polo gesseiro. Estamos avaliando Missão Velha e Salgueiro (PE), uma delas para se ter um, e provavelmente entre o Porto do Pecém e Iguatu, a gente deve ter mais um, ainda não sabemos em qual será o local. Serão da TLSA. "
Tufi Daher Filho
Presidente da TLSA e da FTL

Um Porto Seco tem a mesma estrutura existente em portos marítimos (a exemplo do Pecém e Suape) e fluviais (como o de Manaus), incluindo operação alfandegária e incentivos fiscais.







Potencial da Região do Araripe que justifica um Porto Seco

Além do Polo Gesseiro como toda a sua potencialidade. O potencial de cargas do Polo Gesseiro é significativo, tanto pela produção de gesso em si quanto pelo potencial de uso do gesso agrícola, além do impacto na geração de empregos e na economia regional. O Estado é o maior produtor de gipsita (matéria-prima do gesso) do Brasil, com 97% da produção nacional concentrada na região do Araripe, que abriga o polo gesseiro.

Gesso Agrícola:

Existe um mercado potencial para o uso de gesso agrícola, que pode ser utilizado para corrigir a acidez do solo e melhorar sua fertilidade. Uma estimativa aponta para um mercado anual de 17 milhões de toneladas de gesso agrícola se for aplicada uma tonelada a cada quatro anos.


Araripe tem potencial de uma nova fronteira agrícola para produção de soja

A Chapada do Araripe, fica nas fronteiras dos estados de Pernambuco, Piauí e Ceará, que pode ser chamado pelo acrônimo PE-PI-CE, similar ao MA-TO-PI-BA, região nas fronteiras dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, grande produtora de grãos. Tal como o MA-TO-PI-BA, a região da Chapada do Araripe, o nosso PE-PI-CE, é fortemente promissora para a agricultura de grande extensão. Em sua logística, já nasce perto da Transnordestina que trará insumos como fertilizantes e escoará a produção para os Portos do Pecém e Suape.

Nova fronteira

Sendo uma nova fronteira agrícola, a região pode receber investimentos para as culturas da soja, com também da mandioca que é uma cultura com manejo simplificado, podendo sair de 8 ton./ha para 30 ton./ha, com a aplicação de novas tecnologias. Pergunta: de onde virá a água para irrigar os 100 mil hectares de área a ser ocupada pelas culturas de soja, mandioca na Chapada do Araripe? Resposta: a região do Araripe, incluindo toda a sua chapada, tem pluviometria média anual entre 800 e 1.200 milímetros. Assim, aquelas culturas serão desenvolvidas em regime de sequeiro, ou seja, com água da chuva. (Por Adriano Borges | Gestão da Inovação | Desenvolvimento Econômico - Instituto Empresariar).

Por essas razões a ADESA – Agência de Desenvolvimento Econômico e Social do Araripe defende a instalação de um Porto Seco na região da região do Araripe especificamente no município de Trindade. Esperamos que os governantes estadual, federal e prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores abracem essa causa. A ADESA irá mandar documentos para todos, apontando a viabilidade deste empreendimento em nossa região do Araripe e solicitando apoio político e institucional.

*Daniel Torres Araripe é empreendedor social, presidente da Adesa – Agência de Desenvolvimento Econômico e Social do Araripe, comentarista, ativista político, e membro do Comitê Prol do Canal do Sertão

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