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Barragem de Acauã - Tragédia contada em Cordel

26/01/2022 - Equipe O Poder

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A história da barragem de Acauã, que transbordou em 2004, e causou uma tragédia em Itatuba, tendo deslocado mais de 5 mil pessoas, está sendo contada de forma diferente, através de cordéis.
Fruto da luta e da organização popular do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), os primeiros folhetos em cordel sobre a história da população, cerca de 1200 famílias atingidas pela construção da Barragem de Acauã, comunidade de Cajá, município de Itatuba (PB), estão sendo entregues às famílias do movimento e em escolas da região. O cordel foi escrito por Cicero Ferreira.

A BARRAGEM

A Barragem de Acauã foi concluída em agosto de 2002. Passados dois anos da construção, em razão de fortes chuvas, a barragem chegou ao nível máximo e transbordou, inundando completamente seis povoados.
Conforme relatam os cordéis, 115 imóveis rurais foram atingidos, provocando a morte de cinco pessoas e causando danos aos moradores que se encontravam dentro da área afetada. Além dos que perderam a vida, outras cinco mil pessoas, que viviam às margens do Rio Paraíba, foram deslocadas. Estes camponeses e ribeirinhos não tiveram assistência após a catástrofe.

PARCERIAS

Os cordéis são fruto de algumas parcerias como o Projeto Universidade Cidadã. “A ideia é narrar essa história dos Atingidos em Cordéis e a gente conseguiu a primeira edição, o nome do projeto é ‘O outro lado da Engenharia da Barragem de Acauã'. É muito importante para as pessoas que lutam por melhores condições de vida terem a narrativa de sua história retratada em cordel, o que é um privilégio. Também é muito significativo colocar a literatura de cordel como veículo da organização popular”, comenta Osvaldo Bernardo da Silva, do MAB).

HISTÓRIAS

O texto relata a história dos atingidos e começa a contar a partir de quando os tabajaras chegaram no Rio Pajeú e foram expulsos pelos portugueses, desviaram para Monteiro e, de lá, desceram para a cidade de Fagundes (PB).
“Queremos mostrar que, desde a colonização, em nome do progresso e desenvolvimento, continua essa expulsão do povo do campo. Em nome de um progresso que não chega para essas pessoas”, define Osvaldo.

IMPRESSOS

Foram impressos dois mil cordéis pela Empresa Paraibana de Comunicação (EPC) e Editora a União (EAU), com parceria da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Os cordéis vão ser entregues a cada uma das mais de 1,2 mil famílias atingidas, e o restante irá para as secretarias das escolas das comunidades.

AS FAMÍLIAS

A situação das famílias paraibanas atingidas pela Barragem de Acauã também foi registrada no documentário Águas para a vida ou para a morte?, que chegou a ser apresentado para representantes de universidades de todos os continentes, durante a Conferência da Rede Europeia de Ecologia Política (Entittle), em Estocolmo (Suécia), em 2016. (Fonte: BdF Paraíba)

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