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Agora é Findi - Sextaram com a gente... Xico Bizerra , Zé Nivaldo e Nelson Nunes Farias

28/01/2022 - Xico Bizerra, José Nivaldo Junior e Nelson Nunes Farias

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O grande XICO BIZERRA, mudando da prosa para a poesia, sem perder a qualidade

FIM DO DIA
Estarei à beira do luar
na hora em que morrer o dia.
E no incerto instante em que o sol se for,
rezarei uma Ave-Maria.

Pedirei a Deus que, ao dia que virá,
seja-lhe concedida a sorte
que a este foi negada
antes de sua iminente morte.

Não acenderei velas
na hora em que o dia for embora:
de luzes, ele não precisará
além da que vem da lua e lhe devora.

A ele bastará o silencioso som
que só se ouve quando o dia tem seu fim.
Assim, a Ave-Maria rezarei no mais baixo tom
e só as estrelas escutarão o meu rezar
na hora em que o dia acabar.

E dele, ao finar-se,
não verei o seu fenecer:
estarei festejando com as estrelas
o dia novo que está por nascer

Postado em www.opoder.com.br


O nosso ZÉ NIVALDO contando como ficou com dois pais, duas mães e mais duas irmãs.

JOSÉ NIVALDO DE CASTRO
Foi um dos beneficiários do boom econômico dos anos 1970. O governo militar apostou forte na construção civil. Ao mesmo tempo que grandes construtoras aproveitaram a onda e aplicaram golpes monumentais no mercado, surgiram muitos novos empresários sérios no ramo. Um deles foi Zé Nivaldo, dono da imobiliária Nivaldo de Castro.

O COLEGIADO
Foi uma solução política criativa no Santa Cruz, depois da Era James Thorp.
James é um capítulo à parte. Milionário padrão internacional, gastou sua fortuna em poucos anos para fazer do sempre pobre Santa Cruz uma potência esportiva nacional. Quando James se afastou, um grupo principalmente de de empresários, formou o Colegiado, uma espécie de direção coletiva.

ESCOLHA
Escolhiam os presidentes entre eles, em rodízio. João Caixero, o Joca, recentemente falecido, não era empresário mas estava lá. Aristófanes de Andrade, Rodolfo Aguiar, Mariano Matos, Raimundo Moura, Vanildo Aires, André de Paula, entre muitos outros, eram expoentes desse período. Prometo completar as omissões em outra ocasião. José Nivaldo de Castro fazia parte do Colegiado. Como tal, foi presidente. Campeão. Seu nome era cantado em prosa e verso pela torcida.

DISSIDÊNCIA
Quando o modelo do Colegiado mostrou sinais de esgotamento, Zé Nivaldo foi o primeiro grande nome a divergir. Eu fazia parte do movimento de oposição. Apoiamos Zé Nivaldo para presidente em 1982, contra Vanildo Aires. Tivemos mais votos porém perdemos a eleição, coisa comum em clubes de futebol naquela época. Está prescrito e há muito tempo anistiado.

CAMPANHA
Bem, campanha de Zé Nivaldo. Eu era um dos cabeças. Entrevistas nas rádios e jornais, dia sim outro também. As pessoas naturalmente foram juntando. Zé Nivaldo, Zé Nivaldo Junior. Viramos pai e filho, na cabeça do povo, apesar da pequena diferença de idade entre nós. Cansamos de esclarecer, desistimos. O vínculo venceu. Principalmente depois, quando fui diretor de futebol bicampeão, na primeira presidência de Zé Neves. E olhe que o meu pai de verdade, o médico pecuarista, escritor, integrante da APL e várias Academias, José Nivaldo Barbosa de Souza, era uma figura conhecida e respeitada. Mas para a torcida do Santa, o meu pai passou a ser o outro. Ainda hoje me chamam de José Nivaldo de Castro Junior.
Cansei de ouvir de torcedores: o maior presidente do Santa foi seu pai.

DOIS PAIS
Virou brincadeira entre nós. Passei a chamar Zé Nivaldo de "meu pai" e sua esposa, D. Inalda de "minha mãe". Suzie, e principalmente, Nely filhas do casal, passaram a ser minhas irmãs. Fábio, criado, como filho pelo casal, meu afilhado também.
A última vez me encontrei com Nely foi no lançamento do meu romance "Tudo pelos Ares". Quando a avistei, foi espontâneo: minha irmãzinha. Todo mundo olhou espantado, um mulherão daquele tamanho e bem mais jovem.
Nós abraçamos e justifiquei para os presentes, de olhos arregalados: é uma longa história.

98 ANOS
PS. Minha mãe, a médica Maria Neíse Monteiro Gondim de Souza, cearense, completaria hoje 98 anos. A mesma idade que meu pai completaria em maio.
José Nivaldo de Castro e D. Inalda, muito mais jovens, como foi dito, estão bem, passando as provações deste novo tempo, como me falou recentemente Nely.

O Rei da Glosa, NELSON NUNES FARIAS, de João Pessoa para o universo.

O GRITO
O que é a poesia
Senão um grito d'ajuda
O poeta se desnuda
Mostra sua agonia
Esperando que um dia
Possa ser compreendido
O seu peito preenchido
De tudo que necessita
Enquanto isso recita
As mágoas que tem vivido.

GAVETAS DA SAUDADE
Pensando nos que partiram
Naqueles que tanto amamos
Nos beijos que já não damos
Nos abraços que sumiram
Nos olhos que não nos miram
Criando meias verdades
Pra matar nossas vontades
Só sombras e silhuetas
"As vezes faltam gavetas
Pra guardar tantas saudades"


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