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A GUERRA E O MITO DA CAVERNA

01/03/2022 - Edgar Moury Fernandes Neto*

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A Rússia invadiu a Ucrânia e deu início a uma guerra, que, como todas as outras, é (mais uma) prova do atraso espiritual e da incompetência daqueles que se põem a tentar liderar a humanidade.

O BEM CONTRA O MAL?

No calor do absurdo que é um conflito armado entre dois países, as redes sociais e a grande imprensa rechearam-se de teorias, onde, em boa parte, o mundo se apresenta dividido em lados, em uma espécie de luta do “bem contra o mal”, como se os líderes que se acusam mutuamente, supostamente, não se sentassem, todos à mesma mesa, para discutir (e dividir) poder, comércio e - não poucas vezes - negócios (em todos os sentidos que esse termo, eventualmente, possa significar).

TODOS JUNTOS E MISTURADOS

Ninguém ignora que a Rússia que está atacando a Ucrânia é a mesma que fornece gás à Europa e fertilizantes ao Brasil.
Também é por todos sabido que a OTAN, que está censurando a agressão russa à Ucrânia, é exatamente a mesma que abriga países que, por outros (ou assemelhados) motivos, igualmente promovem guerras ao redor do mundo e tentam relativizar a soberania alheia, como fez (e faz) a França, no tocante à Amazônia brasileira, apenas para ficar em um único exemplo.

FiLME SEM MOCINHO

Não existem “mocinhos” no “faroeste” geopolítico mundial.
Há interesses, legítimos e ilegítimos, uns explícitos, outros dissimulados, que, quando contrariados, sobrepõem-se à cultura, à soberania e à vida de povos e países que querem a paz, mas findam por sofrer os horrores de guerras admitidas, provocadas e declaradas por quem deveria protegê-los e promover a harmonia mundial.

NOVA ORDEM MUNDIAL?

Leem-se muitas teorias, propaganda e acusações de parte a parte.
Há quem diga que a Rússia de Putin estaria a combater o que se chamaria de “a Nova Ordem Mundial”, que, em linhas gerais, supostamente, seria um movimento, bancado pelos “donos do sistema financeiro”, que teria o objetivo de dominar o mundo, pela via de uma governança globalista, dirigida por burocratas, em que as tradições e a soberania de cada um dos povos e países seriam relegadas a segundo plano.

PUTIN

Outra corrente diz que a invasão é parte do que seria um projeto de reconstrução da União Soviética, patrocinada por “oligarcas russos”, a qual, em aliança com a China, teria um projeto imperialista, para implantar o comunismo no mundo e dominá-lo.

TRUMP

No meio de tudo isso, apareceu o ex-presidente americano Donald Trump, bravateando que, com ele no poder, nada disso estaria acontecendo, pois a sua liderança seria forte, ao contrário da exercida porJoe Biden, segundo Trump, alguém fraco e inexpressivo, a ponto de ser desrespeitado por Putin e outros líderes.

O QUE É VERDADE E O QUE É MENTIRA?

Eu não faço a menor ideia sobre se as teorias acima resumidas são verdadeiras ou não, nem ninguém, em sã consciência, pode “cravar” se (mais essa) bestial guerra estaria acontecendo (ou não), fossem outros os “líderes” mundiais.
Nós, o povo, não temos informações transparentes e suficientes para saber a verdade.
Vivemos às escuras, tal como no “Mito da Caverna”, obra de Platão, em que pessoas, presas no fundo de uma caverna, imaginavam que a realidade seria as imagens do exterior, que viam projetadas nas paredes da gruta, ilusão que perdurou até o dia em que um deles conseguiu sair de lá e constatou que a verdade era muito diferente do que, até então, podia-se perceber.
Isto é, tal como na obra de Platão, não temos elementos para enxergar além das sombras que nos são dadas a conhecer por quem controla e rege a “vida real” e assim permaneceremos, salvo até que alguém consiga “ver” a realidade e divulgá-la.

E O QUE VAI OCORRER?

Não possível saber quem vai ganhar essa guerra e se um determinado “grupo” ou “bloco” irá se impor ou dominar o mundo.
O que dá para dizer, com certeza absoluta, é que essa guerra, como todas as outras, é um erro grave, que irá desestruturar países, separar famílias, violar liberdades e matar inocentes, a pretexto de contemplar as escolhas de políticos (e de grupos) incapazes de resolver conflitos e compor interesses de modo equânime, racional e civilizado.

INJUSTO E PONTO!

Por teorias que se apresentem e predileções ideológicas que alguém possa ter, o fato é que toda guerra é indefensável, sob qualquer prisma humanitário.
De tão injusta, ilógica e irracional, a guerra força pessoas a matar gente que sequer conhecem, a destruir culturas e países que nunca visitaram e, não bastasse tudo isso, sacrifica a vida de quem não a quer, para proteger a de quem a provoca, a declara e a deveria evitar.

*Edgar Moury Fernandes Neto
Advogado e Procurador do Estado de Pernambuco


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