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O repentista e estudioso da cultura popular ANTONIO LISBOA, que esta semana trocou o BALAIO DE TUDO pelo AGORA É FINDI, falando sobre o repente no rádio.

11/03/2022 - Antônio Lisboa

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NOS ANOS 30
A partir dos anos 30 do século passado, o repente nordestino, que já tinha conquistado grande parte da região, começou a chegar com maior intensidade aos lares sertanejos através dos famosos programas de rádio.

DESDE 1934
Tudo teve início por ocasião do mês junino de 1934, quando a Rádio Clube de Pernambuco colocou na programação o primeiro programa de cantoria, intitulado "Um São João de Repente, na Clube de Pernambuco", tendo como titulares a dupla de repentistas Agostinho Lopes e Josué da Cruz, dois dos melhores cantadores da época.

BOA SEMENTE
A experiência durou apenas o tempo das comemorações juninas, mas despertou nos poetas repentistas a saída para ampliarem a divulgação de suas carreiras artísticas. Coincidência ou não, alguma emissoras passaram a abrir pequenos espaços para cantoria. Mesmo disponibilizando horários curtos, caros, cercados de exigências e até com certos controles, isso levou o cantador a mudar sua rotina, enfrentando as grandes cidades, duplicando a jornada de trabalho para dar assistência ao programa e as cantorias, correr atrás de patrocínios para cobrir os custos do horário e transformar aquilo numa atividade de renda e reconhecimento público.

UM NOVO STATUS
Não deixava de ser um investimento, pagava-se para trabalhar. Mas um programa no rádio era motivo de status, tanto que a rádio se tornava referência, ponto de encontro e endereço de poetas titulares e frequentadores, pois esses programas atraiam considerável número de cantadores.

AUGE
Nos anos sessenta, setenta e oitenta, os programas de viola atingiram seu auge, muitos deles sendo os mais bem avaliados pelo ouvinte. Nesse período, a maioria dos grandes veículos de comunicação (rádio) incluía o repente nas suas grades de planejamento.

MUDANÇAS
Levando em conta o avanço dos meios de comunicação, os programas de cantoria, no rádio, não perderam sua identidade, se adaptaram aos novos mecanismos, inovaram no que foi possível, sem esquecer da manutenção diária de programas como "Violas e Violeiros", na Rádio Vale do Jaguaribe, em Limoeiro do Norte-CE e "Violeiros do Seridó, na Rádio Rural de Caicó-RN, os dois programas com maior idade ininterrupta no rádio da América Latina.



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